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Jogos Olímpicos arrancam com 92 portugueses e sem público

23 jul, 2021 - 08:38 • Redação com Lusa

A cerimónia de abertura está marcada para as 12h00, no Estádio Nacional de Tóquio.

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Tóquio veste-se com as cores dos Jogos Olímpicos. "Esperava há muito por este momento"
Tóquio veste-se com as cores dos Jogos Olímpicos. "Esperava há muito por este momento"

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Arrancam esta sexta-feira, com a cerimónia de abertura, às 12h00, os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, que decorrem até 8 de agosto.

O Estádio Nacional de Tóquio acolherá as Olimpíadas um ano depois do previsto, face ao adiamento devido à pandemia da Covid-19. Pela primeira vez na história, o maior evento desportivo do mundo não terá público.

Entram em prova 33 modalidades diferentes, que coroarão 339 campeões, de um total de 11.237 atletas em prova. Desses, 92 serão portugueses, distribuídos por 17 modalidades.

São elas andebol, atletismo, ciclismo, canoagem, equestre, ginástica, judo, natação, remo, skateboarding, surf, taekwondo, ténis, ténis de mesa, tiro com armas de caça, triatlo e vela.

Há cinco modalidades estreantes em Tóquio 2020: skateboarding, surf, escalada, karaté e baseball/softball. Portugal apurou atletas em duas: surf, com Frederico Morais ("Kikas"), Teresa Bonvalot e Yolanda Hopkins; e skate, com o campeão europeu Gustavo Ribeiro.

Na verdade, os Jogos Olímpicos já começaram na quarta-feira, com o futebol feminino. Na quinta-feira, foi a vez do futebol masculino.

"Seguir em frente" com dois porta-estandarte


O tema da cerimónia será “seguir em frente”, a que se junta o lema geral de “unidos pela emoção”, numa resposta à crise pandémica.

O imperador Naruhito será o terceiro na linhagem familiar a abrir uns Jogos Olímpicos, depois do avô, Hirohito, em 1964 e 1972 (Jogos Olímpicos de Inverno), e do pai, Akihito, que deu o mote para os Jogos de Inverno de 1998.

Como é tradição, a Grécia entrará primeiro no desfile, seguindo-se a equipa olímpica de refugiados, e depois os países pela ordem ditada pela língua japonesa, até chegar a França, que receberá Paris 2024, e Estados Unidos, com Los Angeles 2028, e o Japão no fim.

Haverá 20 atletas portugueses no desfile da cerimónia de abertura, liderados pela judoca Telma Monteiro, bronze no Rio 2016, e o saltador Nélson Évora, ouro em Pequim 2008, os dois porta-estandarte da Missão olímpica nacional, que entrará em 168.º na parada.

Duas saídas a dias da cerimónia de abertura


O diretor da cerimónia de abertura, o comediante Kentaro Kobayashi, foi despedido na quinta-feira, um dia antes do evento, devido a piadas antissemitas que proferiu num espetáculo em 1998.

Antes disso, o compositor designado, o músico Keigo Oyamada, conhecido por Cornelius, demitira-se devido a uma controvérsia com "bullying" a pessoas com deficiência, a escassos dias do evento.

A cerimónia de abertura terá espetáculos artísticos filmados e apenas alguns segmentos ao vivo, regras de distanciamento social em marcha e uma parada de nações limitada. Além do discurso curto do Imperador, será aceso o caldeirão olímpico, num espetáculo assente no imponente Estádio Nacional.

Esperam-se mais 70 representantes estrangeiros, entre nomes como o presidente de França, Emmanuel Macron, a primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, ou o ministro da Educação português, Tiago Brandão Rodrigues.

[notícia atualizada às 10h19]

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