24 jul, 2021 - 11:00 • Redação
A judoca portuguesa Catarina Costa perdeu este sábado o combate pela medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020.
Catarina Costa, atleta da Associação Académica de Coimbra, foi derrotada por Urantsetseg Munkhbat, da Mongólia, na categoria de -48 quilos.
Ao fim de três minutos de combate equilibrado, Munkhbat conseguiu executar uma chave ao braço de Catarina Costa e venceu por Ippon.
Com este resultado a judoca portuguesa termina na quinta posição e conquista um diploma olímpico.
Na sua estreia em jogos olímpicos, Catarina Costa bateu quatro adversárias, incluindo a campeã olímpica Paula Pareto, e perdeu com Munkhbat e com a ucraniana Daria Bilodid, que conseguiu a outra medalha de bronze.
A medalha de ouro na categoria de -48 quilos foi para a kosovar Distria Krasniqi, que bateu na final a japonesa Funa Tonaki.
No final da sua prestação nos Jogos Olímpicos, Catarina Costa disse estar orgulhosa do seu quinto lugar e deixou um agradecimento especial à sua família.
“O sentimento é de orgulho por todo o empenho que demonstrei ao longo da competição, tudo o que consegui deixar dentro do tapete. Dei o meu melhor em cada combate e também toda a preparação que eu fiz até aqui também foi dura, sobretudo estes últimos três meses em que dei o melhor de mim em cada treino, superei-me para chegar aqui muito bem preparada, como penso que provei hoje”, afirmou a judoca à RTP.
Catarina Costa admite que “fica o gosto amargo de ficar tão perto do pódio", mas vai recordar para sempre os momentos e as emoções vividas em Tóquio.
"Todo o percurso que hoje fiz e os momentos que vivi foram momentos de felicidade que vou guardar e foi realmente uma competição especial, e gostei muito de lugar hoje. É isso que eu mais gosto de fazer: competir ao mais alto nível e ter tido oportunidade de hoje faze esta competição deixa-me orgulhosa.”
Numa das eliminatórias, Catarina Costa derrotou a argentina Paula Pareto, campeão nos Jogos Olímpicos Rio2016, um combate que nunca vai esquecer.
“Esse combate foi algo emotivo. Preparei-me bem para ele. Vinha de duas derrotas com a argentina, preparámos muito bem esse combate, estudámos a adversária, correu tudo como o planeado, consegui projetar e depois tive que manter a cabeça fria para aguentar a pontuação até ao fim. Repetia para mim mesmo: calma, está quase. Quando terminou foi um misto de emoções. A Paula é uma grande amiga, uma pessoa que me inspirou, um grande exemplo. O momento que nós vivemos as duas, no fim do combate, a amizade e o respeito uma pela outra, acho que foi um momento bonito e vivê-lo aqui nos Jogos Olímpicos é muito especial.”
A judoca portuguesa deixou ainda um agradecimento ao seu clube e à família. "Mãe, obrigado por não me cortares as asas e me deixares viver este sonho", disse Catarina Costa.