25 jul, 2021 - 17:14
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Filha de um fabricante de toalhas de mesa em Karaj, no Irão, a atleta refugiada fugiu do país onde nasceu por ser "uma das milhões de mulheres oprimidas no Irão".
Este domingo, perdeu a oportunidade de conseguir a primeira medalha pela Seleção Olímpica de Refugiados (COI), mas pelo caminho ainda conseguiu derrotar a sua conterrânea, Nahid Kiyani, por 18-9 na modalidade de taekwondo.
Kimia Alizadeh acabou depois por ser derrotada por Kubra Hatice Ilgun, da Turquia, numa luta renhida que terminou por 8-6.
Alizadeh tem 23 anos e vive em Nuremberg, Alemanha, com o marido. Com o apoio da bolsa da Equipa Olímpica de Refugiados, consegue treinar o desporto que lhe deu "uma vida diferente, diferente das outras, com a qual sonhava", disse ao ao Financial Times.
A jovem refugiada ainda conseguiu derrotar a britânica Jade Jones, nº 1 do mundo, que ambicionava ser a primeira mulher a conseguir três medalhas de ouro consecutivas de taekwondo. Alizadeh, enquanto ainda competia sob a bandeira iraniana, derrotou Jones no campeonato mundial de 2015.
>A delegação de refugiados é composta por 29 atletas que disputam os Jogos Olímpicos em modalidades individuais e outros 6 atletas que competem nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.
A equipa Equipa Olímpica de Refugiados competiu pela primeira vez em 2016, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, com 12 atletas.
Este ano, no total, competem 35 atletas que vivem em várias zonas do globo, depois de fugirem dos seus países de origem devido a guerras, violações de direitos humanos e perseguições.
A competir em taekwondo estão quatro atletas refugiados.