01 ago, 2021 - 13:21 • Redação
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Patrícia Mamona conquistou este domingo a medalha de prata no triplo salto, nos Jogos Olímpicos em Tóquio.
A atleta portuguesa conseguiu bater por três vezes o recorde nacional de 14.66 metros, alcançado em 9 de julho, adicionando mais 35 centímetros ao total e ultrapassando, pela primeira vez, os 15 metros.
Patrícia Mamona, de 32 anos, consegue a segunda medalha para Portugal em Tóquio 2020, depois do bronze conquistado pelo judoca Jorge Fonseca.
Nos anteriores Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, a atleta do Sporting tinha ficado no sexto lugar.
Na final deste domingo, Patrícia Mamona arrancou com um primeiro salto de 14.91 metros, batendo pela primeira vez o recorde nacional. À segunda tentativa conseguiu 12.30 metros e o terceiro salto foi nulo.
A atleta portuguesa voltou a bater o recorde nacional ao quarto salto, estabelecendo um novo máximo de 15.01 metros. Seguiu-se um registos de 14.66 metros e fechou o concurso com 14.97 metros.
António Costa já felicitou a atleta. No Twitter, o primeiro-ministro falou de uma "prova incrível" e salientou a conquista de um "novo recorde nacional", numa "demonstração de enorme superação".
"Um resultado que muito nos orgulha e que dá a Portugal a segunda medalha nestes Jogos Olímpicos. Parabéns!", remata.
Também o Presidente da República telefonou à atleta portuguesa para a felicitar por "mais um triunfo por Portugal".
Numa nota publicada no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa salientou a conquista de um novo recorde nacional e agradece a medalha "em nome de Portugal e dos portugueses".
Horas mais tarde, falando no Brasil, o Presidente disse aos jornalistas que "é uma grande alegria para Portugal nuns jogos muito difíceis porque disputados num outro tempo que não o tempo da preparação dos atletas e em condições quase de laboratório, de bolha".
"O que é facto é que Patrícia Mamona esteve, outra vez, como campeoníssima que é, a um grande nível. Esta medalha de prata, nestas condições, é um triunfo para Portugal e uma alegria para todos os portugueses", sublinhou.
O Presidente da República, que já condecorou Patrícia Mamona, disse ainda que está já a ser preparada a receção à atleta, no Palácio de Belém, em Lisboa.
"Não queria deixar de repetir a felicitação que já lhe transmiti, agradecendo aquilo que, para já, marca a nossa presença de forma muito indelével nestes jogos olímpicos de Tóquio", referiu.
Para o chefe de Estado, a atleta é "sistematicamente das melhores de entre as melhores".
"Tem mostrado isso e vai continuar a mostrar no futuro. É uma honra para Portugal e uma alegria para os portugueses", concluiu.
O Comité Olímpico de Portugal, o Sporting, o Benfica e a Federação Portuguesa de Futebol também já felicitaram Patrícia Mamona pela medalha olímpica.
"A nossa Leoa Patrícia Mamona conquistou mais uma medalha para Portugal nos Jogos Olímpicos #Tokyo2020 e bateu o recorde nacional, com 15,01 metros! ENORME!", escreveram os leões nas redes sociais.
[Notícia atualizada às 19h35]
Em entrevista após o histórico concurso em Tóquio 2020, Patrícia Mamona mostrou-se "muito feliz" com a sua prestação nos Jogos Olímpicos.
"Sabia que este momento era muito especial para mim. São cinco anos a trabalhar para este momento. Estou orgulhosa. Estou orgulhosa de todos nós. Portugal é um país pequeno, mas conseguimos fazer coisas grandes. Estou muito emocionada", diz.
O que lhe passou pela cabeça naquele momento? "Só pensei em dar o meu melhor e saltar. Estou muito feliz", explicou, projetando a felicidade de "fazer parte da equipa dos 15 metros". "Sou vice-campeã olímpica", salientou.
Patrícia Mamona recordou quando, no passado, lhe disseram que era "muito pequena" para a modalidade. "Lembro-me que, quando comecei, me diziam 'és muito pequena para o triplo salto'. Agora estou aqui, sou a segunda melhor do mundo. Sou vice-campeã olímpica. Fiz a segunda melhor marca do mundo", afinaça, emocionada.
O ouro foi, como esperado, para a venezuelana Yolimar Rojas, que bateu o recorde mundial do triplo salto feminino. O anterior recorde, que contava com menos 17 centímetros, não era batido há 26 anos.
[Notícia atualizada às 22h46]