05 ago, 2021 - 11:26 • Redação
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Pedro Pichardo ainda não se inteirou verdadeiramente, mesmo depois de recebê-la no pódio, de que conquistou uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, o prémio máximo que um desportista pode alcançar.
Em declarações à RTP, após a cerimónia protocolar de entrega das medalhas, Pichardo reconheceu estar "muito feliz" por se ter sagrado campeão olímpico de triplo salto, o que "para um atleta é o máximo".
"Felicidade é a única palavra que tenho. Os Jogos Olímpicos são a maior prova desportiva que há e ser campeão é o máximo. Ainda não [acordei]. Todo o mundo a falar comigo e parece um sonho. Parece que estou a dormir e a sonhar. Tenho de esperar que passem uns dias para cair na realidade", admitiu o saltador, de ouro logo na estreia em Olimpíadas.
Jogos Olímpicos
O atleta português sagrou-se campeão olímpico de t(...)
Pichardo ainda não teve oportunidade de rever o salto de 17,98 metros com que bateu o recorde nacional e garantiu a medalha de ouro.
O pai já viu e "está muito feliz, mas queria mais uns centímetros", para bater a barreira dos 18 metros. O grande objetivo, para o futuro, é bater o recorde do mundo, de 18,29 metros, que está na posse do britânico Jonathan Edwards desde 1995. Pichardo quer batê-lo antes de Paris 2024.
"Vou continuar a trabalhar para chegar a Paris como sendo o novo recordista do mundo", afiançou, acrescentando que queria tê-lo batido já em Tóquio 2020: "Na minha cabeça sempre estava que conseguia. Até ao último salto, continuei a tentar. Quero fazer história. O recorde já tem muitos anos e ainda ninguém conseguiu batê-lo. O ideal seria ser eu."
Nascido em Cuba mas naturalizado português no final de 2017, Pedro Pichardo garante que já sente a bandeira que leva vestida.
"Já me sinto integrado na comunidade portuguesa. O sotaque ainda continua a ser de Cuba, mas de resto estou integrado", sustentou.