14 jan, 2022 - 07:20 • João Cunha
O tenista sérvio está muito provavelmente de fora do Open da Austrália. Novak Djokovic viu de novo ser cancelado o seu visto de entrada no país.
Desta vez, foi uma decisão do ministro da Imigração, que alega defesa da saúde pública. “Hoje, exerci o meu poder sob a secção 133C(3) da Lei de Migração para cancelar o visto detido por Novak Djokovic por motivos de saúde e ordem, com base no interesse público”, disse o ministro Alex Hawke em comunicado, citado pela agência Reuters.
Assim, o número um mundial do ténis, de 34 anos, pode ter de abandonar o país nas próximas horas.
Os advogados de Djokovic ainda devem tentar recorrer aos tribunais para reverter esta decisão, mas com o fim de semana à porta será difícil conseguir uma decisão a tempo, pois o Open da Austrália começa na segunda-feira.
O tenista sérvio, que não está vacinado, entrou na Austrália na semana passada graças a uma isenção médica por ter testado positivo à Covid. As autoridades continuam a considerar a possível revogação do seu visto, e em consequência, uma hipotética deportação.
Djokovic, que assumiu ter quebrado as regras de isolamento impostas devido à pandemia, já depois de ter testado positivo à Covid-19, pretendia atingir o recorde de 21 títulos em torneios de Grand Slam caso ganhasse o Open da Austrália.
A disputa sobre as isenções médicas concedidas pela Federação Australiana de Ténis e pelo Governo Regional de Vitória, onde se realiza o Open da Austrália, levou o Executivo de Camberra a investigar licenças semelhantes concedidas a outras pessoas que participam no torneio em Melbourne, que decorre de 17 a 30 de janeiro.
A vacina é obrigatória para entrar na Austrália, mas existem isenções temporárias para pessoas que tenham "uma condição médica grave", que não podem ser vacinadas porque contraíram Covid-19 nos seis meses anteriores ou tiveram uma reação adversa ao medicamento, entre outras razões.