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Nadal respeita Djokovic, mas critica comportamento do sérvio

15 jan, 2022 - 09:51 • Redação com Lusa

O tenista sérvio aguarda por uma decisão final das autoridades australianas. Risco de deportação, por desrespeito pelas regras sanitárias, está em cima da mesa. Djokovic prestou declarações falsas à chegada à Austrália. Já esteve em "court" a treinar para o Open da Austrália, mas poderá ser impedido de participar no torneio.

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O tenista Rafael Nadal disse, este sábado, que respeita o rival Novak Djokovic, que enfrenta uma possível deportação da Austrália, mas discorda de "muitas coisas que [o sérvio] fez nas últimas duas semanas".

“Respeito-o realmente, mesmo que não concorde com muitas coisas que ele fez nas últimas duas semanas”, afirmou o espanhol de 35 anos.

“O Open da Austrália é muito mais importante do que qualquer jogador”, acrescentou. “O Open da Austrália será um grande torneio, com ou sem ele”, disse o número seis mundial aos jornalistas, dois dias antes do início do torneio do Grand Slam.

Djokovic, que não está vacinado contra a Covid-19, continua incluído no sorteio do torneio, no qual procura defender o título, mas foi novamente detido em Melbourne, depois de o Governo australiano ter cancelado o visto, o que acontece pela segunda vez.

O sérvio aguarda uma decisão judicial. As autoridades australianas aceitaram suspender a deportação de Djokovic até que a Justiça decida sobre o cancelamento do visto de entrada.

O Tribunal Federal australiano está agora encarregado do caso. O jogador está autorizado a reunir-se com os seus advogados e vai ficar detido até à sua audiência, que deve começar ainda este sábado.

Djokovic chegou a Melbourne a 5 de janeiro com uma isenção médica que lhe permitiria jogar no Open da Austrália, primeiro Grand Slam de 2022, sem ser vacinado contra a Covid-19, mas o visto foi posteriormente cancelado pelas autoridades alfandegárias.

O sérvio ficou detido até uma decisão judicial na segunda-feira ordenar a sua libertação, mas o Governo australiano voltou a cancelar o visto.

A decisão foi tomada “por razões de saúde e ordem pública”, disse o ministro australiano da Imigração, Alex Hawke, em comunicado.

Djokovic, que pretende atingir o recorde de 21 títulos em torneios de Grand Slam, caso ganhe o Open da Austrália, admitiu esta semana ter prestado falsas declarações à entrada da Austrália.

Para além de erros e inconsistências na declaração de Djokovic para entrar na Austrália, soma-se a violação das diretrizes de isolamento face à pandemia de Covid-19 na Sérvia.

Djokovic tinha declarado que não tinha viajado nos 14 dias anteriores, mas na realidade tinha viajado da Sérvia para Espanha, enquanto no seu país natal deu uma entrevista a um meio de comunicação social francês sabendo que testara positivo ao coronavírus.

Enquanto aguarda pela decisão das autoridades australianas, Djokovic já viu o seu nome ser sorteado como cabeça-de-série número um do torneio e, se lhe for permitido competir, irá defrontar o seu compatriota Miomir Kecmanovic, na 1.ª ronda.

João Sousa, que também já comentou o caso Djokovic, perdeu na última ronda do "qualifying", mas foi repescado para o quadro principal. O tenista português irá defrontar o italiano Jannik Sinner, número 11 do "ranking" mundial.

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