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Tenista ucraniana doa prémios ao exército do seu país

02 mar, 2022 - 12:06 • Redação com Lusa

Elina Svitolina é a principal favorita à vitória no Open de Monterrey no México. Depois de vencer o jogo da 1.ª ronda, diante de uma adversária russa, comprometeu-se a doar os prémios que conquistar ao exército ucraniano.

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A tenista ucraniana Elina Svitolina vai doar os prémios monetários que conquistar no torneio de Monterrey ao exército do seu país, anunciou na terça-feira a 15.ª classificada do "ranking" mundial, após vencer a russa Anastasia Potapova, na 1.ª ronda do torneio.

"Todos os prémios que ganhar aqui irão para o exército [da Ucrânia], por isso, muito obrigado pelo vosso apoio", disse Svitolina, sob os aplausos do público mexicano e visivelmente emocionada, após vencer Potapova, número 81 do mundo, por 6-2 e 6-1.

Envergando saia azul e camisola amarela (as cores da bandeira ucraniana), Svitolina, que é casada com o francês Gael Monfils, disse estar "em missão" pelo seu país, tendo chegado a ameaçar não defrontar Potapova na ronda inaugural do torneio mexicano - do qual é primeira cabeça de série -, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Svitolina, que é detentora do título em Monterrey, garantiu, com o apuramento para a 2.ª ronda, 3.675 dólares, cerca de 3.300 euros ao câmbio do dia. Se vencer o torneio, a tenista ucraniana doará 31 mil dólares, cerca de 28 mil euros, ao exército do seu país.

As associações de tenistas masculina e feminina, ATP e WTA, respetivamente, decidiram que os tenistas russos e bielorrussos poderiam continuar a disputar os torneios organizados sob a sua égide, desde que não o façam sob nome ou bandeira dos seus países.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

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