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Guerra na Ucrânia

Ex-tenista ucraniano pede mais suspensões. “Todos os russos têm de pagar pela invasão”

22 mar, 2022 - 14:14 • Redação

Alexandr Dolgopolov venceu três títulos ATP e esteve entre o "top-15" mundial. Agora, defende a Ucrânia da invasão da Rússia.

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Alexandr Dolgopolov, antigo tenista ucraniano, atacou os responsáveis pelo ténis mundial por não boicotarem a participação dos atletas russos, na sequência da guerra na Ucrânia.

“Falta-lhes coragem, acima de tudo eles não querem assumir as eventuais consequências”, disse o ucraniano, que regressou a Kiev para defender o seu país, numa entrevista à rádio francesa RTL.

O antigo 13.º classificado do "ranking" ATP, que trocou as raquetes pelas armas, condena que as posições não passem de palavras. "Não é suficiente dizer: 'Estamos contra a guerra'", disse.

Alexandr Dolgopolov defende que a Rússia seja suspensa “de tudo o que é organizado pelo mundo livre”, posição que foi tomada noutras organizações desportivas, como a UEFA, que suspendeu a participação de equipas russas nas competições europeias.

De Roland Garros para a guerra


Agora na guerra, Dolgopolov arrepende-se de não ter aprendido a disparar. “Tentei disparar uma vez, claramente não é o meu forte, mas agora estou arrependido”, contou. Ainda assim, acrescentou: “Não sou um atirador, mas sei disparar sobre alguém."

Na mesma entrevista, Dolgopolov traçou uma comparação entre a vida na guerra e o passado de tenista.

"Preocupar-me com o Roland Garros, nos dias de hoje, é uma piada. Não é mais importante que a vida de milhares de pessoas", confidenciou o ucraniano, que venceu três títulos ATP em toda a carreira.

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