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Ciclismo

Richie Porte abandona o Giro e despede-se das grandes voltas

27 mai, 2022 - 15:13 • Lusa

O australino da INEOS ainda partiu para a 19.ª etapa da Volta a Itália, mas acabou por desistir devido a doença.

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O ciclista australiano Richie Porte (INEOS) despediu-se das grandes Voltas de forma infeliz, esta sexta-feira, ao ser forçado a abandonar o Giro durante a 19.ª etapa, devido a doença.

O escudeiro do camisola rosa Richard Carapaz descolou do pelotão logo nas primeiras subidas da 19.ª etapa, entre Marano Lagunare ao Santuário de Castelmonte, num total de 178 quilómetros, e acabou mesmo por desistir, quando já perdia largos minutos para o grupo.

"Podemos confirmar que Richie Porte abandonou a Volta a Itália durante a 19.ª etapa, devido a doença", informou a INEOS, na sua conta na rede social Twitter, já depois de também a organização da 'corsa rosa' ter avançado a desistência do experiente australiano, afetado por "problemas de estômago".

Ciclista emblemático do pelotão, quer pela sua perseverança, quer pelos vários azares de que foi vítima ao longo da sua carreira, Porte, de 37 anos, escolheu o Giro para despedir-se das grandes Voltas, uma decisão que justificou ainda antes do arranque da "corsa rosa".

Foto: Laurent Gillieron/EPA
Foto: Laurent Gillieron/EPA
Richie Porte à direita de Geraint Thomas Foto: Jean Christophe Bott/EPA
Richie Porte à direita de Geraint Thomas Foto: Jean Christophe Bott/EPA
Foto: Dan Peled EPA
Foto: Dan Peled EPA
Foto: DR
Foto: DR

"Os meus dias como amador foram passados em Itália e essa foi a minha aprendizagem velocipédica. Depois, fui ao Giro2010 como neo-profissional e, de repente, estava a vestir a camisola rosa durante três dias. Isso foi incrível e ainda permanecem como algumas das melhores memórias da minha carreira, para ser sincero. É um privilégio fechar o ciclo e acabar o meu percurso nas grandes Voltas no Giro", assumiu, em declarações reproduzidas no site da INEOS.

Na sua estreia na Volta a Itália, há 12 anos, Porte alcançou a sua melhor classificação na prova, ao ser sétimo na geral final, um sucesso que não voltaria a repetir.

Vencedor de algumas das principais corridas do calendário internacional, como o Critério do Dauphiné (2021), o Paris-Nice (2013 e 2015), a Volta à Catalunha (2015), o Tour Down Under (2017 e 2020), a Volta à Suíça (2018) ou a Volta à Romandia (2017), Porte nunca foi feliz nas grandes Voltas até 2020, quando, contra todos os prognósticos, foi terceiro classificado do Tour e subiu ao pódio nos Campos Elísios.

Após iniciar o seu percurso na Saxo Bank (2010), passou pela Sky (2012-2015), pela BMC (2016-2018) e pela Trek-Segafredo (2019-2020), antes de regressar à formação britânica para assumir o papel de trabalhador.

A INEOS perde, assim, o principal gregário de Carapaz, que tem apenas três segundos de vantagem sobre o segundo classificado, o australiano Jai Hindley (BORA-hansgrohe), e o pelotão do Giro um dos 'clássicos', numa temporada que será marcada por muitas despedidas entre nomes sonantes do ciclismo.

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