31 jul, 2024 - 13:17 • Rui Viegas , Eduardo Soares da Silva
Quando a marchadora portuguesa Ana Cabecinha competir nos 20 quilómetros dos Jogos Olímpicos de Paris, esta quinta-feira, a atleta portuguesa já terá conquistado a sua maior medalha da carreira.
Cabecinha esteve perto de não marcar presença na capital francesa porque foi mãe há três meses. O momento fez mossa na preparação física, mas a recompensa pessoal foi enorme.
"A grande medalha já a tenho, é o meu filho. É a grande medalha de 2024 e ficará para o resto da minha vida", disse, em entrevista à Renascença.
Em Paris, Cabecinha está acompanhada do marido, do treinador e também do filho Lourenço. A atleta alentejana reconhece que a preparação não foi a melhor, mas a prova olímpica não será focada em grandes resultados.
"Já será a maior vitória da minha carreira nestas condições. Tudo o que vier é bom, sem pressão. Pela primeira vez estou numa grande competição em que o resultado não é tão importante", explica.
À vitória de estar presente na linha da partida, Ana Cabecinha junta outro momento para a história: foi escolhida para ser porta-estandarte da comitiva portuguesa, ao lado do canoísta Fernando Pimenta.
Cabecinha, de 40 anos, vai competir pela quinta vez nos Jogos Olímpicos. Foi oitava em Pequim 2008, sexta em Londres 2012 e Rio de Janeiro 2016 e 20.ª em Tóquio 2020. Esta quinta, os objetivos são outros.
"Claro que ainda tenho o bichinho da competição, quero colocar o dorsal e competir, mas não vou lutar pelos 10 ou 20 primeiros", conclui.