09 dez, 2024 - 10:50 • João Filipe Cruz Lusa
A judoca Telma Monteiro anunciou o final da carreira, aos 38 anos, esta segunda-feira, após um percurso de mais de 20 anos ao mais alto nível, coroado com a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 2016.
"Termino a minha carreira como queria, com a sensação de que dei tudo o que tinha de dar, e foi como tinha de ser. Uma gratidão eterna", afirmou a agora ex-judoca, em declarações à BTV, acrescentando que pensa em todos que "contribuíram" para o seu percurso.
O clube também informou que a judoca vai continuar ligada ao Benfica, mas a partir de agora como "coordenadora do judo no clube, para desenvolver e inspirar novas gerações".
Em declarações à Renascença, o ex-judoca Nuno Delgado, primeiro medalhado olímpico português da modalidade com um bronze em 2000, destaca o legado de Telma Monteiro.
"A Telma é muito mais do que judo e Portugal. Deixou um legado como a atleta com mais títulos europeus, mais vitórias, bateu praticamente todos os recordes que poderia bater, mas deixou também grandes referências na garra, empenho e na causa feminina no desporto", disse.
Nuno Delgado puxa atrás na fita do tempo para recordar como uma derrota deu o mote para a conquista do bronze olímpico: "Em 2012, a Telma não conseguiu vencer o seu primeiro combate e tivemos os dois uma conversa. Surgiu um plano novo, uma forma diferente de olhar para a preparação, com uma equipa técnica que se veio a materializar no Rio de Janeiro. No meio da adversidade, com uma grave lesão, conseguiu a medalha".