22 mai, 2020 - 13:35 • José Barata
Chaínho, antigo jogador do FC Porto, considera que a equipa de Sérgio Conceição vai perder mais no ataque que na defesa, perante a grave lesão de Iván Marcano, que obriga o central a perder o resto da época.
Marcano tem seis golos marcados em 37 jogos, esta temporada. Em entrevista a Bola Branca, Chaínho salienta a importância que o defesa espanhol assume nas bolas paradas ofensivas do FC Porto.
“Marcano é um jogador que aprecio. Apesar de não ser muito rápido, é um jogador inteligente em termos de colocação e, na fase de construção, sabe sair a jogar bem. Com a ausência de Marcano, o Porto perde qualidade nas bolas paradas, porque é um jogador decisivo em termos ofensivos e defensivos, mas mais ofensivos. É um jogador que faz golos e que garante pontos, e é sempre bom ter numa equipa um central goleador, porque no outro lado há sempre receio quando atacam. Acho que o Porto vai perder isso na fase de ataque”, considera.
Chaínho olha para o plantel portista e vê boas soluções para o centro da defesa. Contudo, reconhece que Marcano é uma perda importante:
“O Porto está salvaguardado, porque tem mais três centrais, Diogo Leite, Mbemba e Pepe, e ainda tem Danilo, que pode recuar para a defesa. Acho que, para os 10 jogos que faltam, caso não existam problemas de maior, o Porto está defendido. Sérgio Conceição terá de apostar nesses jogadores e ver qual é a melhor dupla de centrais. Mas não é fácil para um treinador perder, nesta fase, um jogador da importância do Marcano."
Defesa espanhol sofreu uma rotura do ligamento cru(...)
Quanto à retoma do campeonato, Chainho antevê que "os primeiros três ou quatro jogos vão ser importantes" para as contas finais.
“Devido à falta de ritmo competitivo, da adaptação ao terreno, da adaptação aos colegas, da adaptação ao próprio jogo. Alguns jogadores, no princípio, irão andar a tropeçar na bola, o que é normal, porque não tiveram competição de pré-época nem jogos de preparação. É complicado. Acho que, após a terceira jornada, a retoma será mais rápida. Acredito que, tanto na luta pelo título como pela manutenção, vai ser complicado, mas os três ou quatro primeiros jogos vão decidir o campeonato, porque poderão haver descolagens", aponta.
Os jogadores mais adaptados poderão fazer a diferença: "Vamos ver quem está melhor fisicamente, quem se adaptou e trabalhou melhor vai entrar com outra vontade e vai ter vantagem nesta primeira fase."
O campeonato regressa a 4 de junho, com a última jornada marcada para 26 de julho, e terá semanas com jogos de segunda-feira a domingo.