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Pinto da Costa "convencido" que FC Porto sairá do Fair Play Financeiro esta época

15 out, 2020 - 21:49 • Redação

O presidente do FC Porto explica que o clube podia ter saído da alçada da UEFA já este verão, mas a pandemia do novo coronavírus baralhou as datas e as contas.

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Pinto da Costa está "convencido" que o FC Porto sairá da alçada financeira da UEFA esta época.

Em entrevista à TVI, esta quinta-feira, o presidente portista explicou que isso só não aconteceu já este verão por causa da pandemia da Covid-19, que impediu a inclusão das vendas no relatório e contas do último exercício.

"Obriga-nos a mais atenção, mas estou completamente tranquilo e convencido de que brevemente sairemos do Fair Play Financeiro", afirmou. Questionado se isso aconteceria ainda este ano, Pinto da Costa foi taxativo: "Sim, sim. O que vendemos dava para cobrir."

"Não ir à Champions é uma exceção. Aconteceu no ano passado, foi um acidente. Nas contas que vamos apresentar, era normal que estivessem as vendas deste ano, porque as vendas fazem-se em junho. Se não fosse a pandemia, as vendas que fizemos agora de 127 milhões entravam nas contas. Bastava isso para equilibrar. Mas como a época de transferências foi posterior, as vendas não entraram no relatório, que foi fechado em junho, o que desequilibrou as contas", detalhou o líder portista.

Falta de público no futebol é "incompreensível"


A pandemia da Covid-19 complicou as contas do FC Porto também pela falta de receitas, devido à ausência de público dos estádios.

Até ver, o custo da falta dessas receitas ascende a 29 milhões de euros. Pinto da Costa estranha que todos lhe dêem razão quando diz que é "incompreensível" que os adeptos ainda não tenham voltado às bancadas, mas que depois se veja pouca ação.

"Quando falo com alguém, todos me dão razão e acham que é incompreensível e até pessoas responsáveis me dizem que é incompreensível. Não podem estar meia-dúzia de pessoas num camarote? Num espaço aberto faz sentido estar tudo vazio? Nós temos aqui camarotes que são de famílias. A família não pode vir aqui ver um jogo no camarote, mas pode estar em casa, no restaurante ou no cinema toda junta", ironizou.

"A alguns dá mais jeito que não haja adeptos"


Pinto da Costa sente-se acompanhado pelos presidentes da Liga e da Federação Portuguesa de Futebol. Contudo, lamenta o silêncio dos outros dois grandes, Benfica e Sporting.

"Se calhar, alguns dá-lhes mais jeito que não estejam lá adeptos. Se tivesse adeptos que vinham cá para me insultar, não os queria cá, queria o estado vazio. Eu não tenho medo disso, por isso quero aqui os adeptos", vincou o dirigente máximo dos dragões.

Questionado se estava a falar, especificamente, do Sporting e de Frederico Varandas, Pinto da Costa disse que aquele era apenas "um cenário hipotético". Porém, particularizou ainda mais:

"Se houver adeptos que vão ao estádio para insultar o presidente ou o treinador, é preferível um estádio vazio."

Falta de Liga milionária obrigou a esforço


Ficar fora da Liga dos Campeões, na temporada passada, levou a um rombo nas contas e o FC Porto teve de escolher entre "aguentar o prejuízo ou vender um ativo", como o Benfica fez com Rúben Dias.

"Entendemos não vender. Aguentar o prejuízo para tentar sermos campeões, como fomos, e depois então valorizando o nosso plantel fazer as transferências", contou Pinto da Costa.

O líder portista não tem "dúvida nenhuma", pois, de que devolverá a estabilidade financeira ao clube até ao final do mandato.

O próprio reembolso do empréstimo obrigacionista de 35 milhões "foi adiado para o próximo ano, mas vai ser devolvido antes".

"Clubes vão ter de vender o 'naming'"


Um negócio que esteve próximo de ficar concluído foi o "naming" do Estádio do Dragão.

Pinto da Costa, que quer despachar já o assunto "porque dava jeito o dinheiro do nome" e porque quer impedir que possam dar o seu nome à casa do FC Porto, revela que o negócio esteve muito perto de ficar fechado.

"Já podíamos nesta altura ter concretizado o negócio, que estava mesmo no final. Os clubes vão ter de vender o 'naming' do estádio. O que estávamos a fechar valia cinco milhões por ano. Estávamos entre cinco e seis. Neste momento, as negociações estão paradas. Eu tinha conseguido ter o nome da empresa e manter o 'Dragão', o que me fazia muito feliz", assumiu.

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