12 nov, 2020 - 18:43 • José Barata
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O presidente do FC Porto critica a Direção Geral da Saúde (DGS) e o primeiro-ministro por ser “o único que leva a sério quem tem estas posições oscilantes, incompreensíveis e perigosas”, de manter os adeptos de futebol afastados dos estádios.
Pinto da Costa escreve, no editorial da revista “Dragões”, que “ninguém é capaz de compreender que depois de tantas experiências com resultados positivos em vários estádios de futebol - recintos abertos com as melhores condições possíveis -, se persista numa política que conduz à asfixia dos clubes e que é limitativa dos direitos dos adeptos”.
O líder portista considera que “o mais inaceitável, o maior exemplo da discriminação dedicada ao futebol, foi o que se passou no Porto, a mesma cidade onde não pôde haver público no jogo com o Marselha, dias depois desse encontro”.
“Na Super Bock Arena - que, ao contrário do Estádio do Dragão, é um espaço fechado -, houve espetáculos do Paulo Gonzo, da Áurea e do Fernando Rocha com 40% da lotação, um deles no mesmo domingo soalheiro em que o FC Porto recebeu o Portimonense com as bancadas vazias”, acrescentou.
O presidente do FC Porto recorda que no jogo com o Marselha, “a UEFA autorizava que fosse ocupada 30% da lotação do estádio nesse jogo, mas a DGS contentou-se com 0%”.
“Esta decisão é completamente absurda se compararmos com o que acontece noutras realidades. Sabemos que no verão houve público em touradas, comícios políticos, espetáculos de música e de comédia, alguns até com o Presidente da República e o primeiro-ministro na plateia. Sabemos que há pouco tempo houve uma corrida de Fórmula 1 no Algarve com 27.500 pessoas a assistir”.
Portugal regista, esta quinta-feira, mais 5.839 casos de Covid-19 e 78 mortes devido à doença.