12 fev, 2021 - 17:57 • João Paulo Ribeiro
O Secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo, "desaparece", "hiberna", tem uma "dupla personalidade" e "só fala para atacar os dragões". É desta maneira que Miguel Brás da Cunha, membro do conselho superior do FC Porto, reage às declarações do responsável governativo, esta quinta-feira, em declarações a Bola Branca.
Depois de ter sido acusado por Pinto da Costa de ser omisso e estar "morto", numa altura em que a arbitragem nacional está novamente sob polémica, Miguel Brás da Cunha desvalorizou as declarações de "dirigentes que ganham dezenas de milhares de euros por mês".
Nesta entrevista a Bola Branca, Miguel Brás da Cunha responde a João Paulo Rebelo, quem acusa de ter "sempre o FC Porto na mira".
"O senhor secretário de Estado tem uma espécie de dupla personalidade. Quando lhe convém, aparece e intervém ativamente em tudo o que são minudências. Quando não lhe convém, vai de férias, diz que não tem de intervir, ou que respeita a autonomia dos órgãos do futebol. Essa posição é inadmissível. Ele hiberna por meses largos, mas vem fazer intervenções públicas sempre com o nosso clube na mira. Os órgãos da tutela não são para fazer de verbo de encher, mas sim para intervir quando é necessário", refere
Secretário de Estado do Desporto
O secretário de Estado do Desporto repudia as amea(...)
O membro do Conselho Superior do FC Porto insiste que os dragões estão a ser vítimas de erros de arbitragem. E acusa, igualmente, a "passividade e guarida" do Conselho de Arbitragem, liderado por José Fontelas Gomes.
"São factos que se traduzem num conjunto de erros sucessivos e em crescendo, nos últimos tempos. É inadmissível a passividade total de quem tem de corrigir e de decidir mas, pelo contrário, dá guarida e defesa a este tipo de comportamento. São erros clamorosos", reclama.
Nestas declarações, Miguel Brás da Cunha explica a reunião pedida a Lourenço Pinto, presidente da Mesa da Assembleia Geral do FC Porto. Em causa está um "ataque sem precedentes" ao FC Porto, explicando que "não tem a ver só com uma ou outra arbitragem, mas com todo o clima de desrespeito institucional para o com o clube".
"Foram as razões que nos levaram a querer convocar esta reunião, mas compreendemos que não se pode realizar neste momento, devido à situação de pandemia em que nos encontramos", afirma.
Por fim, o dirigente apelou à serenidade dos adeptos do FC Porto, à semelhança do que fez o presidente, Pinto da Costa, mas com uma ressalva: "Que seja reposta a justiça", termina.