26 fev, 2021 - 13:21 • Redação
Francisco ainda não tem carta de condução, vive com o pai e trabalha no seu escritório. Para se deslocar recorre, por norma, à boleia do irmão Rodrigo ou ao serviço de táxis. À boa-vontade do pai dificilmente voltará a recorrer.
O pai é Sérgio. Francisco é jogador do plantel do FC Porto. A história é contada pelo treinador:
"O meu filho vive na mesma casa que eu. Ele não tem carta. Vem de táxi ou com os irmãos. Eu trouxe-o uma vez e deixei-o ali em cima [no exterior do centro de estágios]. Ele ficou com azia. Eu entro aqui no Olival como treinador do Porto e não como pai", reforça.
Para lá do portão do centro de treinos do clube, a relação é exclusivamente profissional, como já referiu, em várias ocasiões, o treinador portista. Francisco tem tratamento igual aos demais e a possibilidade de ser titular, explica Sérgio, depende do seu desempenho e da avaliação técnica do seu trabalho.
"Ele faz parte do grupo de trabalho. Quando eu achar que é o momento certo de utilizar um jogador a titular, utilizo. Não há diferença nenhuma. Eu entro no Olival e sou treinador do Porto", repete.
Clássico
As promessas de FC Porto e Sporting foram colegas (...)
Sérgio esclarece, no entanto, que se trata de uma jogador "capacitado para 90 minutos da I Liga". A experiência na II Liga, pelo Porto B, é realçada pelo treinador que a considera importante na preparação para um nível superior.
Francisco Conceição tem sido um dos destaques da equipa nos últimos jogos. Estreou-se pela equipa principal no jogo com o Boavista e foi decisivo na obtenção do empate; jogou pela primeira vez na Liga dos Campeões, com a Juventus; e entrou frente ao Marítimo para conquistar o penálti convertido por Otávio, que deu a vitória aos dragões.
O Porto joga no sábado com o Sporting e Francisco espreita nova oportunidade. Ficou apeado num dia em que foi para o Olival com o pai, mas, ainda sem carta, o jovem extremo espera pela oportunidade de poder conduzir o Porto a bons resultados na condição de titular.