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FC Porto

Pinto da Costa critica indecisão sobre público nos estádios. "Não sou psiquiatra, não tenho explicação"

18 mai, 2021 - 19:43 • Eduardo Soares da Silva

Presidente do FC Porto diz que é difícil prever o regresso do público quando as decisões não têm "o mínimo de lógica" e recorda que o Estádio do Dragão vai receber 12 mil ingleses na final da Liga dos Campeões.

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Pinto da Costa, presidente do FC Porto, deixa grandes críticas ao Governo e Direção-Geral de Saúde sobre a indecisão quanto à presença de público nos estádios.

Em conferência de imprensa no âmbito da apresentação da situação financeira da SAD do FC Porto, o presidente recorda que 12 mil adeptos estarão no Estádio do Dragão na final da Liga dos Campeões.

"Não estou tão otimista sobre regresso dos adeptos, porque foi anunciado que ia haver público, depois já não. Este estádio vai ter público num jogo da UEFA, mas a final da Taça de Portugal uns dias antes não vai haver. Conforme o vento e o catavento é que podemos saber.

Questionado sobre uma explicação, Pinto da Costa diz que não tem explicação porque "não é psiquiatra".

"A cabeça de certas pessoas é imprevisível quando não há o mínimo de lógica. Há espetáculos de tudo com duas mil pessoas em espaço fechado, e não podem estar mil adeptos num estádio aberto. Tudo o que pode sair dessas cabeças não me vai admirar. Não sou psiquiatra, não tenho explicação", atira.

Uma temporada inteira sem adeptos

Tudo estava preparado para que os estádios recebessem 10% da sua lotação na última jornada e com os adeptos a apresentarem um resultado negativo de um teste rápido à Covid-19, uma iniciativa que teria sido aprovada pela Direção-Geral de Saúde e pelo governo, mas a Liga voltou atrás com a decisão porque não foi autorizada presença de público nas duas jornadas, pelo que não existiam condições de equidade para os clubes todos.

Os adeptos têm estado longe das bancadas desde março de 2020, quando foi suspensa toda a prática de desporto em Portugal, incluindo o futebol profissional, com a entrada em vigor do primeiro estado de emergência.

Na Região Autónoma dos Açores, chegou a haver eventos desportivos, nomeadamente jogos do Santa Clara, com público, contudo tal não se repetia no continente, nem na Madeira. Em outubro, houve três jogos-piloto e dois desafios da seleção portuguesa de futebol com presença de adeptos, como teste, e o FC Porto recebeu público num encontro da Liga dos Campeões. Porém, a segunda vaga da pandemia do novo coronavírus deitou quaisquer planos de retoma da assistência por terra.

A 27 de fevereiro e 13 de março, o Santa Clara recebeu Paços de Ferreira e Portimonense, respetivamente, com adeptos nas bancadas, em virtude das medidas impostas nos Açores. Foi a primeira e última vez que se viu tal coisa em 2021. Quando o número de casos de Covid-19 no arquipélago voltou a crescer, o Estádio São Miguel voltou a estar fechado ao público.

A decisão surge depois da festa do campeonato do Sporting, quando dezenas de milhares de pessoas celebraram sem distanciamento, e muitas sem máscara, a conquista do Sporting, apesar do atual estado de calamidade. Milhares estiveram reunidos no exterior de Alvalade, com o estádio vazio durante o jogo com o Boavista.

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  • Ivo Pestana
    19 mai, 2021 Madeira 19:26
    Concordo com o Presidente. Uma estupidez, espaços grandes não terem pelo menos um terço da lotação dos estádios. Excessos de zelo.

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