17 nov, 2021 - 12:45 • Pedro Castro Alves
Jorge Amaral, antigo guarda-redes do FC Porto, acha difícil que, com Diogo Costa “cada vez mais a cimentar o lugar”, Marchesín “recupere o lugar” na baliza dos dragões. No entanto, trata-se de um guarda-redes que, se fosse titular, estaria “a fazer um trabalho igual ou melhor que o Diogo Costa”.
“Se depois do jogo do Liverpool, nos jogos seguintes, [Diogo Costa] se tivesse sentido afetado, se calhar Marchesín poderia recuperar a baliza. Mas é um facto que ele não ficou afetado com o 0-5, antes pelo contrário”, afirma, em entrevista a Bola Branca.
Por esta razão, Amaral acredita que “não há outra forma de gerir a situação”. A lesão do guarda-redes argentino permitiu ao jovem português “cimentar a sua posição”, tendo vindo a cada jogo a criar “uma raiz mais profunda”. Desta forma, Marchesín terá de aproveitar as oportunidades que conseguir, como frente ao Feirense, na Taça de Portugal, no dia 20.
“Não é fácil para alguém, que há 10 anos que não era suplente, gerir a situação”, diz à Renascença. “A experiência terá de lhe dar tranquilidade para continuar a trabalhar e esperar a oportunidade”.
Com 33 anos, Marchesín soma apenas dois jogos pelo FC Porto esta época, na Taça da Liga e na Taça de Portugal. Amaral sublinha que, nesta idade, só é “possível manter a qualidade jogando”, o que pode levar o argentino a procurar minutos fora dos dragões.
“Se continuar assim, Marchesín vai ter de procurar um espaço onde possa jogar. Não sinto que seja um jogador que se acomode como número dois”, conclui.
Agustín Marchesín tem contrato com o FC Porto até junho de 2023, com uma cláusula de rescisão no valor de 50 milhões de euros. Chegou aos dragões em 2019, vindo do América, do México.
Formado no Benfica, Jorge Amaral representou o FC Porto de 1982 a 1984 e entre 1985 e 1987. Como jogador, passou ainda por equipas como Marítimo, Vitória de Setúbal, Farense e Varzim.
Enquanto treinador orientou várias equipas em Portugal, incluindo Feirense, Penafiel, Chaves e Vizela.