04 set, 2023 - 18:07 • Redação
O FC Porto desmentiu o Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol, garante que não houve qualquer falha de energia que justificasse a quebra na ligação do VAR no jogo com o Arouca e que tal aconteceu por erro técnico de responsabilidade da FPF. "O cabo nunca esteve ligado ao equipamento do VAR", garante o clube.
O CA emitiu um comunicado, esta manhã, em que garantiu que "a única tomada elétrica disponível na área de revisão do estádio não tinha corrente elétrica e que ao longo do jogo o sistema de energia de reserva - também conhecido como UPS (Uninterrupted Power Supply) – esgotou-se".
Também em comunicado, os dragões garantem que "não corresponde à verdade que a tomada elétrica disponível na zona de revisão do estádio não possuísse energia socorrida. Esta tomada possui fonte de alimentação UPS (Uninterrupted Power Supply)".
O Porto acrescenta que "para além da UPS, a própria tomada possui uma chave específica que garante que a mesma só é utilizada para o sistema VAR. Também não corresponde à verdade que a tomada em questão seja a única disponível na área de revisão do estádio. Junto desta existe um outro quadro elétrico com outra tomada disponível para utilização". O clube anexa uma fotografia para provar a sua versão.
Os dragões garantem que não foram detetadas falhas de energia antes, durante ou depois do jogo e que a obrigação do clube "se esgota na disponibilização de uma fonte de energia para que os técnicos da Altice, contratados pela FPF, aí conectem o cabo de alimentação destinado aos equipamentos do VAR, o que aconteceu, sendo que toda a responsabilidade de montagem do sistema e ligação de cabos é daqueles profissionais".
"Sucede que o referido cabo, conectado na origem à fonte de energia do estádio disponibilizada pelo FC Porto, não foi conectado aos equipamentos do VAR, levando a que o sistema tenha estado a funcionar suportado por baterias desde o início do jogo", garante o clube azul e branco.
Os dragões alegam "má conduta da equipa de arbitra(...)
O clube afirma ainda que isto foi reconhecido "pelos próprios técnicos da Altice quando substituíram o equipamento, tendo este passado a estar suportado pela energia do estádio".
"Por conseguinte, se não existiu qualquer falha de energia e se não foram rearmados quaisquer quadros elétricos, como se explica que o equipamento do VAR substituído não tivesse energia do estádio, mas o segundo equipamento já a tivesse? A energia não desaparece de um momento para o outro", pode ler-se, antes de chegar a uma "conclusão elementar".
"O cabo da Altice do primeiro equipamento do VAR, conectado na origem à fonte de energia do estádio, nunca esteve ligado no destino ao equipamento do VAR por erro técnico", termina.
O jogo do Dragão ficou marcado por um episódio em que o árbitro reverteu um penálti para o FC Porto após receber indicações por telemóvel, devido a problemas no sistema de vídeoarbitragem.
“Alterar decisões via telefone não é o melhor caminho”, criticou Vítor Bruno, treinador adjunto do FC Porto, após o empate com o Arouca, a contar para a 4.ª jornada do campeonato.
O árbitro do FC Porto-Arouca, Miguel Nogueira, disse que tinha que “acreditar no VAR”, segundo o treinador dos arouquenses, Daniel Ramos.
"O árbitro chamou-nos e disse que estavam sem conexão para ver as imagens no campo, embora as imagens tivessem sido analisadas pelo VAR”, começou por adiantar o técnico.
“A indicação que tinha é de que não era penálti e tinha que acreditar no VAR. Disse que não era uma decisão fácil para ele, mas que iria seguir o VAR porque as imagens tinham sido analisadas na Cidade do Futebol", afirmou Daniel Ramos.