19 set, 2023 - 12:45 • Rui Viegas
O Shakhtar é agora uma equipa mais jovem, mas também menos ambiciosa. A análise é feita, em Bola Branca, pelo antigo adjunto dos ucranianos Nuno Campos, que trabalhou com Paulo Fonseca.
Os azuis e brancos defrontam, esta terça-feira, o conjunto de Donetsk, em Hamburgo, em plena guerra entre Ucrânia e Rússia, para a abertura do Grupo H da Liga dos Campeões. Nuno Campos recorda a equipa que treinou e o atual plantel dos ucranianos.
"É uma equipa diferente, em relação à que treinamos, mais jovem e com mais ucranianos. E que reconhece que não pode ter a mesma ambição que nós tinhamos na altura. Não têm um Fred, um Fernandinho ou um Tyson. Valem pelo seu conjunto, mas o talento de alguns jogadores não é igual", detalha o treinador português.
Nuno Campos acredita que o atual Shakhtar é ainda muito suportado pelo habitual patriotismo que constitui a imagem de marca dos emblemas de leste: "É um povo muito unido e isso trás mais valias dentro de campo. Vão querer mostrar que podem ser um orgulho para o seu povo. E é aí, também, que eles se vão agarrar", explica.
E é por estes motivos que Nuno Campso considera que o FC Porto é favorito para o duelo desta terça-feira.
"Dentro da normalidade, perante um Porto com a sua dimensão e um Shakhtar com mais fragilidade, será normal que o Porto seja mais candidato a ganhar este jogo. Não quer isto dizer que não possa haver uma surpresa", considera o antigo adjunto de Paulo Fonseca nos ucranianos e no Dragão.
A partida terá lugar em Hamburgo, no 'Volksparkstadion', a partir das 20h00. Será esta a casa do Shakhtar para a fase de grupos da Champions 2023/24.
Todavia, Nuno Campos alerta que o atuar fora de portas e, neste caso, fora do seu próprio país não terá grande influência no desempenho da formação orientada pelo neerlandês Patrick van Leeuwen.
"O Shakhtar foi-se habituando a jogar fora da sua casa... Neste momento, jogar num estádio fora da Ucrânia poderá trazer menos gente ao estádio mas eles já estão habituados a isso", relativiza, a terminar.