15 nov, 2023 - 18:18 • Redação
A revisão dos estatutos do FC Porto pode ser adiada e, por isso, a tumultuosa Assembleia Geral de segunda-feira poderá não ser retomada no próximo dia 20 de novembro.
A notícia é avançada pelo jornal "Record", que garante que a discussão da revisão estatutária poderá ser adiada para um momento mais favorável, nomeadamente após as eleições. E, caso isso aconteça, a AG de dia 20 será cancelada.
No entanto, a decisão de retirar o documento apresentado pelo Conselho Superior para discussão ainda não está totalmente tomada. O presidente do organismo é, por inerência, Lourenço Pinto, o presidente da Mesa da Assembleia Geral do clube.
A AG de segunda-feira estava inicialmente marcada para uma sala no interior do Estádio do Dragão, mas o inesperado número de sócios levou o evento para o Dragão Caixa. A AG ficou marcada por desacatos e agressões entre sócios que levou ao adiamento da mesma para o dia 20 de novembro.
Henrique Ramos, sócio do FC Porto que foi agredido na Assembleia Geral do clube na última segunda-feira, garante que o agressor é José Sá, membro do Conselho Superior do FC Porto.
Esta quarta-feira, José Fernando Rio, candidato às eleições do FC Porto em 2020, considera que a responsabilidade de agir é do próprio clube, que, segundo o jurista, tem toda a capacidade para o fazer. Apesar disso, o antigo candidato teme que não haja “vontade” dos dirigentes portistas para atuar.
Na noite de terça-feira, o Ministério Público (MP) anunciou que vai instaurar um inquérito às agressões. Em comunicado, o MP refere que tendo em conta os acontecimentos "amplamente divulgados na comunicação social e susceptíveis de integrar infracções criminais de natureza pública, foi determinada a instauração de inquérito, que corre termos no Diap da Procuradoria da República do Porto".
A direção do FC Porto garantiu que iria recorrer "aos meios ao seu alcance para identificar os responsáveis por agressões físicas" durante a Assembleia Geral que decorreu na noite de segunda-feira e que os desacatos "são condenáveis e mancham uma história centenária de cultura democrática".