21 nov, 2023 - 21:50 • Eduardo Soares da Silva , João Malheiro
O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, admite que a noite da Assembleia-Geral Extraordinária, que terminou depois de agressões e críticas à falta de organização, "foi um momento muito mau, muito desagradável".
Em entrevista à SIC, na noite desta terça-feira, Pinto da Costa lamenta tudo o que aconteceu e garante que foram tomadas "todas as providências para que não se repita".
"Decorrem dois inquéritos, um nosso e um do Ministério Público para apurar os responsáveis", sublinha.
O presidente portista recusou apontar culpados pelas agressões verificadas na AG e aponta que houve, nas redes sociais, "incitamento a que as pessoas viessem em grupo, que filmassem tudo o que pudessem".
"Não compreendi a intenção", disse.
Sobre as críticas à falta de condições para receber tantos sócios na AG, Pinto da Costa refere que "estava gente a mais" e que a continuação na Dragão Arena foi "o plano C".
"Foi uma frequência anormal. O pavilhão era última hipótese."
O presidente do FC Porto considerou, contudo, que "havia condições" na Dragão Arena e que "não houve problema" quando interveio, no início da retoma dos trabalhos.
Quando questionado sobre se não teria um dever de intervir para acalmar os ânimos, Pinto da Costa afirmou que essa ação não lhe competia.
"O presidente da AG é que conduz os trabalhos. Não tenho poder para separar quando as pessoas entram em zaragatas. Não sou segurança. Pedi ao presidente do Conselho Fiscal que fosse comunicar ao presidente da assembleia que deveria terminar com a reunião, imediatamente. Não podia ser eu, só dei a minha opinião. E ele terminou", explicou.
O líder do FC Porto diz que se a polícia estivesse dentro do Dragão Arena "podia ter evitado" os desacatos, porém também desvalorizou a necessidade de uma intervenção policial, porque "era capaz de ser pior".
"Também parece que andou tudo aos tiros. Não foi ninguém para o hospital", ironizou.
Pinto da Costa não pode "garantir nada" sobre uma repetição dos incidentes em futuras ocasiões, mas considera que "dificilmente se tornará a repetir".