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Operação Pretoriano

Administrador do FC Porto defende-se e nega todas as acusações

31 jan, 2024 - 17:48 • Carlos Calaveiras

Adelino Caldeira diz que “é falso que tenha instruído seja quem for a fazer fosse o que fosse na dita Assembleia Geral” dos dragões onde houve confrontos.

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O administrador da FC Porto SAD, Adelino Caldeira, “repudia veementemente” qualquer associação aos acontecimentos ocorridos na Assembleia Geral dos dragões ou qualquer ligação aos arguidos.

“Repudio veementemente qualquer associação que se pretenda fazer entre a minha pessoa e os factos ocorridos na Assembleia Geral do FC Porto do passado dia 13 de novembro de 2023”, lê-se num comunicado divulgado no site do FC Porto.

O também vice-presidente dos dragões acrescenta: “É falso que tenha instruído seja quem for a fazer fosse o que fosse na dita Assembleia Geral. Porque nunca tive com as pessoas hoje detidas quaisquer conversas acerca dessa Assembleia Geral - seja antes ou depois, de forma direta ou indireta - ou sequer de outros assuntos relacionados com a vida institucional do FC Porto”.

Segundo Adelino Caldeira, “só por maldosa especulação e efabulação se terá envolvido o meu nome nos reprováveis acontecimentos daquela Assembleia Geral”.

O dirigente portista acrescenta que as suspeições são “absolutamente infundadas”.

“A seu tempo por certo tomarei conhecimento de quem enlameou o meu nome nesta vergonhosa fabricação e agirei de forma a que o falso testemunho prestado seja exemplarmente punido”, termina o comunicado.

Adelino Caldeira é suspeito de ter combinado com a claque "Super Dragões" o clima de intimidação na Assembleia Geral.

Segundo o "Observador", o Ministério Público tem testemunhos de sócios presentes na AG e prova documental de conversas em grupos de redes sociais que apontarão para o conluio entre o administrador da SAD e a claque portista.

O ambiente de intimidação terá sido criado através da distribuição de cartões de sócio a elementos da claque para que marcassem presença na AG e intimidassem apoiantes de André Villas-Boas, que entretanto oficializou a sua candidatura à presidência do Porto.

Em comunicado ao início da tarde, o FC Porto apenas confirmou a detenção de dois funcionários do clube. De acordo com a imprensa nacional, trata-se de Fernando Saul, o oficial de ligação aos adeptos, e Tiago Aguiar, que trabalha com o departamento de futebol.

Fernando Madureira, líder da claque, a sua esposa, e Vítor Catão, conhecido adepto portista e também membro dos "Super Dragões" são outros dos detidos.

Em comunicado, a Procuradoria-Geral Distrital do Porto explica que em "causa está a prática dos crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação agravada, ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objeto ou de produtos líquidos e atentado à liberdade de informação", lê-se.

Foram apreendidos três automóveis, "cocaína e haxixe", uma arma de fogo e "vários milhares de euros". Para além disso, também foram recolhidos pelas autoridades "artefactos pirotécnicos", "mais de uma centena de ingressos para eventos desportivos" e equipamentos eletrónicos.

Pinto da Costa, que não está associado aos incidentes, vai anunciar a sua recandidatura à presidência do FC Porto este domingo. Segundo o jornal "A Bola", Adelino Caldeira não vai fazer parte da lista.

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