14 mai, 2024 - 16:43 • Rui Viegas
A Justiça e a Federação Portuguesa de Futebol têm de se articular para evitar que os quatro mil ingressos apreendidos para a final da Taça de Portugal na operação "Bilhete Dourado" se traduzam em bancadas vazias no jogo do Jamor.
A operação "Bilhete Dourado" resultou na apreensão de 4.000 ingressos, 44.510 euros, documentação relacionada com a venda ilegal dos ingresso e na constituição de 13 arguidos.
Acontece que os bilhetes em causa passaram a ser um meio de prova e, com isso, há agora quatro mil lugares no Jamor que estão por disponibilizar e ocupar. E, desta forma, como se resolve esta situação?
Em declarações a Bola Branca, a advogada e penalista Ana Rita Campos explica que terá de competir ao organismo liderado por Fernando Gomes entender-se com as autoridades com vista a que sejam emitidas novas entradas. E isto porque, nesta altura, os bilhetes apreendidos são intocáveis.
"É muito dificil os bilhetes apreendidos voltarem a ser comercializados. A investigação estará focada em perceber como é que aqueles bilhetes chegaram às mãos daquelas pessoas. O cenário mais provável é que volte a haver emissão de bilhetes para a final da Taça", diz, antes de prosseguir.
"A federação é a responsável pelos ingressos e tem de fazer alguma coisa para evitar que quatro mil potenciais espetadores fiquem sem poder ingressar no estádio", explica Ana Rita Campos.
[Atualizado às 19h00]