03 jun, 2024 - 13:00 • Redação
Pedro Marques Lopes, antigo membro do Conselho Superior do FC Porto, defende que Sérgio Conceição não está a atrasar a mudança no comando técnico dos ‘dragões’. Para o antigo dirigente, a iniciativa deve partir do presidente, André Villas-Boas.
“Não acredito que o Sérgio Conceição volte com a sua palavra atrás e exija seja o que for para sair do FC Porto”, começa por dizer o antigo dirigente.
“Não me passa pela cabeça que o Sérgio Conceição não saia de uma maneira em que os sócios do FC Porto continuem com o amor que demonstraram ter por ele durante estes sete anos”, acrescenta.
Pedro Marques Lopes tem a certeza de que Conceição sairá por iniciativa própria, se assim tiver de ser: “Não tenho dúvidas de que, no momento em que o presidente André Villas-Boas disser que não conta com ele, o Sérgio sairá pelo seu pé”.
A responsabilidade da saída do treinador recai sobre André Villas-Boas, defende o antigo membro do Conselho Superior do FC Porto: “André Villas-Boas, neste momento, é o homem que lidera o FC Porto e é ele que tem de liderar. Não tem de esperar que o Sérgio faça ou deixe de fazer isto”, aponta Pedro Marques Lopes. “É uma iniciativa que tem de partir do presidente. Sérgio Conceição é um empregado do clube.”
Já sobre Vítor Bruno, o adjunto de Sérgio Conceição que tem sido apontado como sucessor, Pedro Marques Lopes puxa a fita atrás. “O FC Porto tem uma tradição de antigos treinadores adjuntos que tiveram muito sucesso”, conta. “Lembro-me de três: o próprio André Villas-Boas, o Vítor Pereira e até José Mourinho. Nesse campo até é um bom presságio, digamos assim.”
O antigo dirigente mostra confiança na decisão do atual presidente. “Se o André Villas-Boas achar que Vítor Bruno é uma boa solução para o FC Porto, tem toda a legitimidade para o fazer”, refere. Marques Lopes acredita que os sócios apoiarão a decisão: “Qualquer que seja o treinador, tenho a certeza absoluta de que toda a massa associativa o apoiará.”
Para este comentador e cronista, o melhor cenário teria o treinador escolhido “já a trabalhar à vista de toda a gente”. Ainda assim, o antigo dirigente acredita que a direção portista não parece estar com problemas relativamente ao tempo.
“Não posso esquecer que Jorge Costa, que é o novo diretor desportivo, esteve a trabalhar até ontem [subida de divisão do AVS, como treinador]. Se isso acontece, quer dizer que a administração do FC Porto e André Villas-Boas estão confortáveis com o tempo”, conclui.