20 dez, 2024 - 14:40 • João Pedro Quesado
Vítor Bruno saiu esta sexta-feira em defesa de André Villas-Boas pelo papel do presidente do FC Porto nos incidentes no túnel no Estádio do Dragão, após o jogo com o Estrela da Amadora para a I Liga.
“Quando se é presidente verdadeiramente, tem de defender os interesses do clube de forma intransigente. Se o presidente sentiu naquele momento que deveria descer e ter aquele tipo de atitude, fê-lo e fê-lo muito bem. Ponto”, rematou o treinador portista aos jornalistas, na conferência de imprensa de antevisão do jogo de sábado com o Moreirense.
Vítor Bruno esclareceu também que não assistiu “a nada” no túnel. “Em nenhum momento estive presente. Estive no relvado, saí de lá entro no túnel e deparo-me com o presidente, como acontece sempre, porque ele baixa sempre ao túnel no final dos jogos para nos cumprimentar, cumprimentei-o, segui para o meu gabinete e não me apercebi de nada”, explicou.
Para o técnico do FC Porto, as provocações do banco do Estrela da Amadora foram “perfeitamente visíveis para todos” durante o jogo. “Se colocarem uma câmara em cima do banco adversário conseguem perceber qual foi o comportamento recorrente desde o início. Não foi só na parte final ou em determinado momento. Foi desde o início”, apontou o treinador.
Esta quinta-feira, o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) abriu um inquérito ao episódio, que envolve o presidente portista e ainda, do lado do Estrela da Amadora, Danilo Veiga e Dinis Delgado.
Segundo o “Diário de Notícias”, o relatório do árbitro da partida indica que André Villas-Boas disse aos jogadores do Estrela da Amadora, de forma exaltada, para saírem do local. O delegado da Liga aponta que se gerou “uma confusão, com troca de palavras mais exaltadas, sem que fosse possível identificar os elementos que provocaram a altercação”.