20 dez, 2024 - 17:13 • Inês Braga Sampaio
O ex-presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, vai ser ouvido, em declarações para memória futura, no âmbito da Operação Pretoriano, segundo avança, esta sexta-feira, o "Jornal de Notícias".
Foi Cristina Carvalho, advogada de Fernando Saul, ex-oficial de ligação aos adeptos do FC Porto e um dos arguidos do processo, quem solicitou à juíza de instrução criminal que Pinto da Costa fosse inquirido urgentemente como testemunha, dada a sua idade avançada, 86 anos, e os problemas de saúde que, recentemente, o têm assolado. Também porque o ex-presidente portista "é uma figura fundamental e central, como toda a direção anterior do FC Porto, que nunca foi ouvida".
“É importante explicar como as coisas funcionavam, quais eram as funções de cada um, o que é que eles viram, porque estiveram lá. Estranhamente, nunca ninguém foi ouvido e, portanto, atendendo ao estado de saúde e à idade, entendemos que é crucial”, explicou.
A audição a Pinto da Costa fica, então, marcada para o dia 10 de janeiro. Contará apenas com a presença dos arguidos que queiram assistir à sessão, assim como dos seus advogados, sem jornalistas na sala.
A Operação Pretoriano trata de suspeitas de clima de intimidação por parte da claque "Super Dragões", durante o período pré-eleitoral do FC Porto. Os arguidos estão, em especial, acusados de planear e participar nos desacatos que levaram à suspensão da assembleia geral do clube do dia 13 de novembro de 2023, sob as ordens de Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, e da sua mulher, Fernanda Madureira.