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FC Porto

A resolução de Vítor Bruno: aproveitar os dérbis para "entrar em 2025 pelo menos um lugar acima"

27 dez, 2024 - 14:13 • Inês Braga Sampaio

Treinador do FC Porto revela que João Mário está de regresso, destaca que André Villas-Boas avalia o seu trabalho por mais que os resultados e deixa uma garantia, para a receção de sábado ao Boavista: "Um dérbi tem de ser ganho."

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Vítor Bruno já comeu uma das 12 passas de Ano Novo e fez um desejo: vencer o dérbi da cidade do Porto, frente ao Boavista, e tirar partido do de Alvalade, entre Sporting e Benfica, para subir, pelo menos, um lugar na classificação e chegar a segundo ou, até, primeiro no campeonato.

"A nossa margem já está reduzida por si só, por não estarmos na condição em que queremos estar [Porto está em terceiro]. Só dependemos de nós para chegar onde queremos chegar, que é ficar no topo da classificação. Isso passa obrigatoriamente por ganhar o jogo de amanhã [sábado], sabendo que também há um dérbi em Lisboa, mas isso para nós serve pouco se nós não fizermos aquilo que temos de fazer", vinca o treinador do FC Porto, esta sexta-feira, na conferência de imprensa de antevisão do jogo da jornada 16 da I Liga, frente ao Boavista.

Assim, o objetivo de Vítor Bruno é ganhar o dérbi, porque "um dérbi tem de ser ganho", e concretizar, ainda antes do Ano Novo, a primeira resolução para 2025, no que ao futebol diz respeito: "O meu maior desejo é entrar no dia 1 de janeiro de 2025 e estar pelo menos um lugar acima daquele em que estamos agora. É sinal de que ganhámos ao Boavista."

O dérbi entre FC Porto e Boavista está marcado para sábado, às 20h30, no Dragão. Terá relato em direto e acompanhamento na Renascença.

Nove dos 12 pontos do Boavista foram conquistados em casa: "Olhar para o todo é o segredo para o jogo. A classificação também não nos diz muito, se pensarmos nos últimos quatro jogos, empata três e perde da forma que perde em Alvalade. São indicadores que temos de ter em alerta permanente, que devem ecoar de forma ininterrupta na nossa cabeça, para perceber que o jogo vai oferecer um nível de dificuldade de dérbi. Um dérbi é um dérbi. O Boavista escala sempre para níveis de intensidade muito altos, vamos ter de estar a uma altura muito próxima do que o Boavista oferecer, temos de estar com o nível de intensidade muito alto, em termos emocionais muito ligados ao jogo, mas no fundo ter a cabeça fria para levar o jogo para onde queremos, percebendo que é um adversário bem trabalhado, com qualidade. Dos últimos anos, é o Boavista que me parece ter nuances de maior detalhe e minúcia. E em condições adversas, porque têm passado por algumas dificuldades, têm feito um trabalho muito meritório. Espera-nos um jogo com um grau de dificuldade elevado, num dérbi, com 50 mil pessoas, muita gente também do Boavista a vir ao dragão. É um dérbi. E um dérbi tem de ser ganho."

FC Porto com margem reduzida? "Não tem a ver com reduzir a margem, a nossa margem já está reduzida por si só por não estarmos na condição em que queremos estar. Só dependemos de nós para chegar onde queremos chegar, que é ficar no topo da classificação. Isso passa obrigatoriamente por ganhar o jogo de amanhã, sabendo que também há um dérbi em Lisboa, mas isso para nós serve pouco se nós não fizermos aquilo que temos de fazer. Sabemos que a única forma de poder eventualmente escalar um ou outro lugar na classificação só pode acontecer ganhando o jogo de amanhã. Se estão 50 mil, é bom sinal de que as pessoas acreditam, que se revêem em muito daquilo que a equipa tem feito recentemente. Tudo o resto, o que se passa fora da nossa casa também não nos diz muito respeito.

Maior desejo para 2025: "O maior desejo é entrar no dia 1 de janeiro de 2025 e estar pelo menos um lugar acima daquele em que estamos agora. É sinal de que ganhámos ao Boavista."

Balanço de 2024: "Balanços são para ser feitos no final. Sei que isto é uma resposta padrão, mas a verdade é esta. Se quisermos fazer um balanço muito cru, muito frio, neste momento perdemos um objetivo, já ganhámos outro, tudo o resto estamos nas frentes que lançámos como desafio para nós no início da época. Agora, em maio, faremos o balanço que temos a fazer."

Lesionados e incógnitas: "O [Francisco] Moura está fora, ainda vai estar algum tempo. Não sabemos quanto. O João Mário reintegrou hoje o trabalho com o grupo, por isso à partida estará disponível para ser convocado para o jogo de amanhã. O Marko [Grujic] ainda estará fora."

Mercado de inverno: "Em relação a reforços, sinceramente o maior reforço para nós já chegou. Foi a reintegração do Zé Mário [enfermeiro], que passou por um momento muito difícil, muito delicado, e que toda a força e coragem que tem tido, desde há uns anos para cá, tem servido de inspiração para nós. Esse é o nosso reforço de inverno."

Mudança de treinador no Sporting muda alguma coisa na luta pelo título? "Pode mudar em que medida? O Sporting vai continuar a competir e o Benfica também. Interessa-nos competir amanhã."

Rodrigo Mora ou Namaso? Dragão tem campo maior que Moreira de Cónegos: "O campo é maior, mas a diferença é pouca. Mas num campo maior, a dimensão física sente-se menos ainda. Num campo mais apertado, em que os contactos emergem a cada passo, aí se calhar a dimensão física poderia ser mais importante. O que eu disse no final do jogo foi o seguinte: o Mora não se pode esquecer que jogou e para mim foi o melhor em campo no jogo em casa com o Estrela da Amadora. Hoje em dia, é raro o jogo que não possa escalar para a dimensão física, porque é tudo tão afinado, tudo tão ao detalhe, que se o jogador não estiver preparado para dar resposta a esse nível... E físico não é só nos contactos. A dimensão física vê-se de muitas formas diferentes que não apenas no duelo. E com adversários que vão muito para o duelo, ter um perfil diferente até nos pode ser útil em muitos momentos. O Mora ocupa um espaço, o Danny pode ocupar o mesmo espaço ou num espaço diferente. Eles podem jogar em simultâneo, pode jogar um, pode jogar outro. Para mim, o facto de um jogador fazer um grande jogo não significa que tem obrigatoriamente de jogar no jogo seguinte. Se tiver de jogar vai jogar, se tiver de não jogar não joga. Depende tudo da estratégia para o jogo."

FC Porto é o único dos quatro primeiros que ainda não mudou de treinador: "É melhor não falar muito alto, senão pode dar alguma ideia ao presidente e está bem assim. Está bem assim desde que o Porto ganhe, atenção. Quero é que o Porto ganhe. Eu converso sobre muita coisa com o presidente e com toda a estrutura. Converso muito, sobre diversos temas, porque são gente com quem se pode conversar e com quem dá gosto conversar. Isso hoje em dia é quase uma raridade. Encontramos muita coisa que fala, mas falar não serve. Interessa é gente que possa dar opiniões, muitas vezes se calhar até dissonantes, mas que criem algum impacto no que é dito, no que é feito, como é operacionalizado, como é que as pessoas se relacionam, que decisões tomam, seja em que âmbito for. O facto de o Porto manter o treinador quer dizer que as pessoas acreditam, que têm convicções, que percebem o trabalho que está a ser feito. Quem está de fora alicerça muito a sua opinião nos resultados, que neste momento são o principal critério para aferir a competência de pessoa A, pessoa B. E quem está por dentro percebe o que está a ser feito, de que forma está a ser construído, com que base está a ser realizado. E isso se calhar reflete o sentimento de um presidente que ainda não mudou de treinador, esperemos que por algum tempo ainda."

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