18 nov, 2019 - 17:36 • Redação
Bruno de Carvalho garante que prestará declarações no âmbito do caso de Alcochete, depois de ter permanecido em silêncio na primeira sessão do julgamento no Tribunal de Monsanto. Em declarações à imprensa no final do primeiro dia de julgamento, o atual comentador desportivo diz que falará quando achar que é relevante.
"Foi um dia calmo, normal para o início de julgamento. Para quem ouviu o que foi tudo, foi tudo normal. Quando achar que é relevante, falarei, mas de certeza que vou falar durante o julgamento", começa por dizer.
A defesa de Bruno de Carvalho pediu uma reconstituição dos acontecimentos no dia para provar aos juízes que a segurança dos jogadores e equipa técnica poderia ter sido garantida.
"Aquilo que gostava de provar é que os jogadores poderiam ter sido colocados em segurança. É preciso que os juízes fiquem cientes da facilidade que era colocar todos em segurança. Quero mostrar isso, in loco, que isso era fácil. Se calhar o responsável é que tem de responder o porquê de não terem sido colocados em segurança", continua.
Bruno Jacinto, antigo oficial de ligação entre as claques e a direção, garantiu que avisou André Geraldes, na altura diretor-geral da SAD, que elementos da claque Juventude Leonina iam deslocar-se à Academia, em Alcochete. Bruno de Carvalho recordou apenas que André Geraldes, atual diretor-desportivo do Farense, "não é arguido" no caso.
Bruno Jacinto foi o único dos 43 arguidos presentes (Fernando Mendes, ex-líder da claque, justificou a ausência devido a questões de saúde) a querer prestar declarações na primeira sessão do julgamento do ataque a Alcochete, a 15 de maio de 2018, que arrancou esta segunda-feira no Tribunal de Monsanto, em Lisboa.
Bruno de Carvalho está acusado, como autor moral, de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo, mais um crime de detenção de arma proibida agravado.