05 mar, 2020 - 16:50 • Redação
A Associação Nacional dos Treinadores de Futebol (ANTF) volta a criticar o Sporting pela contratação de mais um técnico sem habilitações para treinar na I Liga.
Após a apresentação de Rúben Amorim como novo treinador do Sporting, a associação de treinadores emitiu um comunicado em que lamenta que “num país com os melhores jogadores e treinadores do mundo, se continue a assistir, impunemente, a constantes atropelos à Lei e ao Regulamento de Competições da Liga”.
“Estranhamos que um clube, com larga tradição na formação de talentos, patrocine este tipo de situações desconformes com a Lei, em clara negação do seu legado”, acrescenta.
Comunicado na íntegra:
“A Direção da Associação Nacional dos Treinadores de Futebol, ao tomar conhecimento, através da comunicação social, da recente contratação de Rúben Amorim para o cargo de treinador principal da equipa sénior masculina do Sporting Clube de Portugal – Futebol SAD, vem publicamente, e mais uma vez, manifestar a sua indignação e repúdio, por mais este triste episódio, que desprestigia a imagem a Futebol Português e desvirtua a verdade desportiva.
Lamentamos que num país com os melhores jogadores e treinadores do mundo, se continue a assistir, impunemente, a constantes atropelos à Lei e ao Regulamento de Competições da Liga Portugal, desconsiderando – desvalorizando até –, o esforço dos treinadores cumpridores – a esmagadora maioria – que, com esforço pessoal e financeiro, cumprem o estatuído na Lei, investindo de forma séria, comprometida e sem ultrapassagens pela direita, na sua carreira profissional e na sua formação profissional.
Estranhamos que um Clube, com larga tradição na formação de talentos, patrocine este tipo de situações desconformes com a Lei, em clara negação do seu legado.
Reforçamos, por isso, a necessidade premente de alteração do Regime Jurídico das Federações Desportivas, importando repor igualdade de critérios e de oportunidades para TODOS os Treinadores de Futebol. Face ao reiterado incumprimento do Regulamento de Competições da Liga – aprovado pelos próprios Clubes –, e do Regime de Acesso e Exercício da Atividade de Treinador de Desporto, aprovado pela Assembleia da República, aguardamos uma tomada de posição da Secretaria de Estado da Juventude e Desporto, porquanto, consideramos que este constante clima de afronta às Lei da República não podem continuar num Estado de Direito.
O Futebol Português não pode ser uma terra sem lei, como não pode continuar a ser uma exceção ao Estado de Direito”.
Não pretendemos personalizar, mas cumpra-se a Lei!”