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Treinadores mal comportados. Rúben Amorim admite que não tem sido "o melhor exemplo"

30 abr, 2021 - 13:28 • Redação

Técnico do Sporting assume que os treinadores têm contribuído para o ambiente de crispação. Adeptos estão impossibilitados de ajudar no estádio, contudo, aumentam pressão nas ruas.

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Rúben Amorim reconhece que tem de melhorar a sua atitude durante os jogos, de forma a aliviar a tensão vivida no futebol português.

Em conferência de imprensa, esta sexta-feira, o técnico do Sporting admitiu que os treinadores devem melhorar o seu comportamento:

"Não tenho sido o melhor dos exemplos. Quando há uma expulsão, penso sempre que é a última, é para isso que trabalho, sabendo que, com a pressão de ser treinador, sem público, existem alguns excessos."

Rúben Amorim não esconde que, para si e para outros, "o facto de não se falar de futebol mas sim de outras coisas também dá jeito, às vezes".

"Dá jeito não falar dos resultados, dos pontos de avanço, dos pontos que faltam. Também pode ser usado como distração do essencial. Faz parte do futebol, não é de agora. Cada um tem de olhar para si, eu também olho. Vou tentar melhorar. Não me sinto no direito de dar lições de moral a ninguém. Cabe-me dizer que vou tentar melhorar, faço o meu máximo e vou ser melhor no futuro", garantiu o técnico leonino.

Rúben Amorim desvaloriza a ideia de que o clima de crispação possa retirar mérito à liderança isolada e eventual conquista do título.

"As emoções levam-nos a sítios que não queremos. Não estou nada preocupado com o mérito. O que queremos é ganhar jogos, conquistar coisas para o Sporting, ajudar o clube a crescer. O foco está aí, sabendo que temos tido, assim como muitos clubes, alguns excessos, o que acredito que também esteja ligado à falta de público. Acontece constantemente. Não estou a desculpar nada. Está errado, mas por alguma razão é", apontou o treinador do Sporting.

Ausência dos adeptos e aviso Nacional


Os adeptos não têm podido ajudar o Sporting no estádio, no entanto, "pressionam" fora dele. Rúben Amorim salientou que a sua equipa tem de conseguir "abstrair-se um bocadinho disso e ser fria" nos jogos.

"As pessoas falam na rua, existe essa pressão, existe muita ansiedade nos sportinguistas. Temos de levar isso como carinho deles, mas saber que isto muda consoante os resultados. O que é carinho hoje, amanhã pode ser outra coisa. Está tudo ligado. O principal foco deve ser o que temos que fazer, ganhar ao Nacional e como vamos ganhar", frisou.

O treinador do Sporting avisou, ainda, que o Nacional é uma equipa perigosa, que pode sair de Alvalade com os três pontos, apesar de se encontrar no último lugar: "A classificação não quer dizer nada."

"Já ficou mais do que provado que tudo pode acontecer. Houve uma troca de treinadores e já se notam diferenças. O FC Porto teve dificuldades contra o Nacional, que ganhou ao Vitória. Estão a crescer, mas queremos fazer o nosso jogo. Estamos preparados para o jogo", afiançou.

Frente ao Nacionall, Rúben Amorim não poderá contar com Bruno Tabata e Tiago Tomás. No caso do avançado, o treinador admite que o clube trabalha arduamente para o recuperar "para o resto dos jogos" e para as provas de verão: "Queremos ajudá-lo a ir ao Europeu."

O Sporting recebe o Nacional no sábado, às 20h30, no Estádio de Alvalade. Jogo da jornada 30 da I Liga, com relato em direto na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.

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