27 jul, 2021 - 12:45 • Luís Aresta
Emoção, intensidade e equilíbrio. É o que Carlos Fernandes, antigo jogador do Sporting e do Braga, espera da primeira final da época – a Supertaça Cândido de Oliveira – com decisão marcada para este sábado às 20h45, no Estádio Municipal de Aveiro.
O campeão nacional Sporting e o vencedor da Taça Braga são duas equipas que “tentaram mexer o menos possível, em que há uma identificação com a grande parte dos jogadores e que deixaram sinais muito positivos em relação ao que poderá ser a nova época. São equipas que se conhecem muito bem”, assinala o antigo defesa, o que deixa uma “expetativa enorme para que seja um bom jogo”.
Carlos Fernandes, em entrevista a Bola Branca, faz notar que o primeiro clássico da temporada 2021/2022 no futebol português, não será imune a “toda a história recente” entre os dois clubes, nomeadamente “com a forma como Rúben Amorim saiu do Braga para Sporting muito presente”. O antigo futebolista, formado no Sporting destaca o “conhecimento profundo dos dois treinadores” para assegurar que a Supertaça será “um jogo muito emotivo”.
Sporting e Braga saíram sem derrotas da pré-época. Os minhotos, em oito jogos somaram quatro vitórias e quatro empates, com 13 golos marcados e 6 sofridos. O Sporting, em nove jogos consentiu apenas um empate: marcou 30 golos, mas sofreu 11.
Os golos sofridos pelos campeões em título são um aspeto a trabalhar, mas na opinião de Carlos Fernandes, antigo central e defesa esquerdo, “qualquer conclusão que se possa tirar é prematura. O Rúben fez referência à questão de ter sofrido dois golos no último jogo”, com o Lyon, jogo que venceu por 3-2, sendo verdade que “quem sofrer menos golos tem um potencial ainda maior de sair consecutivamente vitorioso”, assinala.
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Com seis golos em cinco jogos, Paulinho é o goleador da pré-época leonina. No Sporting de Braga, em destaque tem estado o espanhol Abel Ruiz, com três golos em igual número de jogos.
Para Carlos Fernandes, “Ruiz está a provar que foi mais uma boa aposta do presidente Salvador. Já quanto a Paulinho, sabe-se que tem um potencial bom e foi ajudar o Sporting a serenar e a ter algumas coisas que não tinha até então”. O antigo jogador espera que, na supertaça, de um e outro lado, as individualidades “consigam melhorar a performance de cada um e ajudar o coletivo”.
Até que ponto pode a Supertaça deixar marcas para a nova época de Sporting e Braga?
Carlos Fernandes atribui um peso relativo ao primeiro troféu da nova temporada. O que “pode deixar é a primeira vitória, mas as equipas, numa fase como esta, estão preparadas para não fugir do seu rumo em caso de insucesso. Uma vitória é sempre motivadora e acrescenta confiança, mas perder não é dramático”, opina.
Nesta entrevista à Renascença, Carlos Fernandes considera que “seria deselegante acharmos que há candidatos mais fortes do que o campeão nacional” à conquista do campeonato.
“Há que respeitar e até ver o Sporting tem todas as condições e a mesma percentagem que Benfica, Porto e até o Braga, que tem vindo cada vez mais a colmatar a diferença para os grandes” Carlos Fernandes adverte que conhece “bem” como se 'parte pedra na pedreira’ e “cada vez mais, teremos um Braga mais perto de Benfica, Sporting e Porto”.