13 jan, 2022 - 13:12 • João Paulo Ribeiro
Marcus Edwards é um desequilibrador que pode destacar-se no Sporting, na opinião de Carlos Freitas, que contratou, enquanto diretor desportivo do clube minhoto, o extremo inglês para o Vitória de Guimarães.
O Sporting está no terreno a tentar a contratação do extremo, de 23 anos, do Vitória. Os vimaranenses querem 10 milhões de euros, até porque 50% do passe pertence ao Tottenham. Os leões podem incluir jogadores no acordo, que até pode ser adiado para o mercado de verão.
A possível mudança de Marcus Edwards para Alvalade é analisada, em entrevista a Bola Branca, por Carlos Freitas, que foi o responsável, em 2019/20, pela contratação do internacional inglês sub-20. O também antigo diretor desportivo do Sporting fala de um jogador fortíssimo nos duelos individuais e que poderá destacar-se na equipa leonina.
"Na linha ofensiva, por trás do ponta de lança, o Marcus pode desempenhar várias funções. Da direita para dentro ou mesmo pela esquerda. No sistema do Rúben Amorim, também seria capaz de ter uma ação mais interior, fruto da sua grande capacidade de drible em espaços reduzidos. São características que fazem dele um jogador desequilibrante. Subindo um degrau competitivo, terá oportunidade de expressar, ainda mais, aquilo de que é capaz", refere.
Para Carlos Freitas, ao contratar Marcus Edwards, a intenção do Sporting pode ter a ver com a necessidade de colmatar as possíveis saídas de Pablo Sarabia e Pedro Gonçalves, também conhecido como Pote:
"O Sporting tem alguns jogadores sobre os quais recaem algumas dúvidas em termos futuros, nomeadamente a permanência de Sarabia e a venda, ou não, do Pote no final da época. A contratação do Marcus enquadra-se nessa perspetiva de presente e futuro como ainda, recentemente, Rúben Amorim referiu numa conferência de imprensa."
Carlos Freitas revela que o Tottenham tem 50% dos direitos económicos do Marcus Edwards, mas não participa em qualquer negociação.
"A vinda do Marcus para Portugal resultou de uma negociação entre o Vitória e o Tottenham, em que o Vitória ficou detentor de 50% dos direitos económicos e da totalidade dos direitos federativos. Nesse sentido, é o clube vimaranense que conduz toda e qualquer negociação, limitando-se o Tottenham a receber metade de qualquer valor que venha a ser encaixado pelo Vitória", esclarece o ex-dirigente vitoriano.