13 out, 2022 - 13:13 • João Fonseca
Direto e frontal, sem filtros, António Dias Ferreira, antigo presidente da mesa da Assembleia Geral do Sporting diz, em Bola Branca, que os jogos com o Marselha da Liga dos Campeões parecem fazer parte de "um filme de terror" e que "ultrapassar estes pesadelos" não tem sido fácil.
Porém, e quando olha para o tema com maior cuidado, consegue perceber que existe "um processo para colocar Rúben Amorim a jeito de servir de desculpa a qualquer coisa". Além das criticas a Paulinho e mais recentemente a Ricardo Esgaio, jogadores defendidos pelo treinador, o ex-dirigente considera que se está a colocar a "gestão financeira acima da desportiva, e mal", na sua opinião.
Mas não se fica por aqui, considerando os inimigos externos, Dias Ferreira é incisivo com quem está dentro do clube.
"O Rúben Amorim nestes dois anos, de repente, meteu em respeito todos os outros. Ele deu a volta ao clube mostrando trabalho. Percebo perfeitamente que há pessoas que não gostam, que não estão de acordo. Acham que o Rúben Amorim tem muito poder, mas não é uma questão de poder: ele é a única pessoa que comunica alguma coisa", observa.
O antigo dirigente continua a ser um apoiante incondicional do treinador dos leões e aprova a defesa de Amorim aos seus jogadores, afirmando que pegou "o touro pelos cornos". "Há uma perseguição para o atingir a ele", pois foi quem escolheu os jogadores criticados.
Dias Ferreira fala de "perdas irreparáveis no plantel", que não sua opinião "é curto". O ex-dirigente diz que o técnico tem de usar quem tem disponível e não "deitar jogadores fora". Por isso, apela ao bom senso para que as pessoas percebam que "não se ganha nada" em apontar baterias aos erros da equipa.
O Sporting foi derrotado pelo Marselha, na quarta-feira, por 0-2, e desceu para a terceira posição do grupo, fora de zona de apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões.