30 jan, 2024 - 12:45 • Rui Viegas
Entre 1973/74 e 2023/24 passam 50 anos. Todavia, estas são temporadas que, para o Sporting, apresentam vários pontos de contacto.
Para o provar, fomos ao encontro de um dos protagonistas do plantel leonino de então, o "campeão da Revolução" e que contava com nomes como Damas, Carlos Alhinho, Fernando Tomé, Dinis, Marinho ou o incontornável goleador argentino Héctor Yazalde. Todos orientados por Mário Lino.
"Fomos campeões [nacionais], ganhámos a Taça de Portugal, o Yazalde foi Bota de Ouro e perdemos nas meias-finais da Taça das Taças com o Magdeburg. Do 25 de Abril soubemos quando estávamos no autocarro para passar a fronteira, da Alemanha Oriental para a Alemanha Ocidental. Em termos desportivos foi uma época fantástica", começa por lembrar Carlos Pereira, antigo lateral-esquerdo do Sporting e, mais tarde, treinador na equipa de Alvalade.
Nestas declarações a Bola Branca, o irmão de Aurélio Pereira, para muitos o "Sr. Formação" do Sporting, destaca as semelhanças com a época atual.
O conjunto de Rúben Amorim lidera a Liga e tem um jogador que se destaca como Yazalde se destacou, embora Gyokeres (18 golos no campeonato) ainda tenha de marcar muito mais para chegar perto do antigo ponta de lança sul-americano (46), que deixou o seu nome inscrito para sempre na história do emblema de Alvalade.
"Na altura tínhamos dois elementos fundamentais, o Damas na baliza e o Yazalde lá na frente. E o paralelismo com o Gyokeres existe. A equipa acredita sempre, tal como nós acreditávamos, que a qualquer momento ele pode fazer golo. Ele está sempre presente nos golos e o golo está sempre com ele. A equipa está confiante, como nós também estávamos nessa época. Há uma semelhança de comportamentos muito iguais", finaliza Carlos Pereira.