28 mar, 2024 - 12:09 • Eduardo Soares da Silva
Rúben Amorim acredita que a visita à Reboleira para defrontar o Estrela da Amadora será mais decisiva nas contas do título do que o dérbi contra o Benfica na jornada seguinte.
Em conferência de imprensa, o treinador do Sporting revela que Trincão e Edwards estão recuperados, Pedro Gonçalves continua fora das opções e alerta para os perigos da equipa do Estrela da Amadora, recordando a partida da primeira volta.
O Estrela, 13.º classificado com 26 pontos, recebe o Sporting, líder com 65 pontos, nesta sexta-feira, às 20h30, com relato e acompanhamento, ao minuto, na Renascença.
Como está a equipa para a reta final? "A equipa está bem, deu para recuperar alguns jogadores e para descansar. O Gonçalo Inácio fez os 90 minutos do último jogo e devido ao período de recuperação e ao seu historial recente, poderemos ter de o gerir. De resto, todos disponíveis. Edwards já fez dois dias de treino e Trincão recuperámos até ao último minuto. Temos de levar toda a gente, será um jogo difícil".
Dificuldades do próximo jogo: "O Estrela é sempre difícil, com jogadores rápidos na frente. Tivemos dificuldades no jogo cá. Acho que foi mais pela nossa colocação em campo. Acho que vamos melhorar nesse aspeto, mas temos de ser tão fortes como fomos contra o Moreirense a travar contra-ataques. O Estrela tem um jogador que torna a bola parada ainda mais importante no jogo. Não podemos perder pontos, está a acabar. Estamos prontos".
Pedro Gonçalves disponível para os dérbis? "Pote não vai estar para este jogo, vamos fazer o máximo para recuperar para a próxima semana".
Sete jogadores em risco para a Luz: "Queremos sempre o maior número de jogadores disponíveis, não sabemos qual vai ser o jogo mais importante do campeonato. Temos de jogar cada jogo a 100%. A única gestão que vamos fazer é de quem está melhor, uma gestão tática e física. Sobre cartões, não estamos em condições de fazer".
Mercado pode ter efeito no grupo? "Neste momento, nenhum. Está tudo focado no campeonato. O mercado está fechado, só podem haver mudanças na próxima época. Estão todos muito focados, queremos ganhar títulos. Não pensamos já na próxima época".
Escolha do trio de centrais: "Os centrais rápidos, ou mais lentos, contam muito mediante os adversários, claro. Mas há também as bolas paradas. Às vezes também tem a ver com a inteligência. Temos de jogar sempre à equipa grande, homem para homem. Acho que vamos estar melhor num ambiente difícil e numa fase diferente do campeonato".
Geovany Quenda: "Foi pedido pela equipa B, mas acabou por ir à seleção. Acreditamos muito nele, achamos que poderá estar na equipa principal no próximo ano. Acho que é muito óbvio que olhamos como um grande projeto, mas vamos devagarinho com as coisas".
Se desfecho for negativo, foi o Sporting a perder o título? "Não acho, porque já vivemos isso no último título. Quando menos se esperava, perdemos seis pontos em quatro jornadas. Tudo pode acontecer. O jogo com o Estrela é ainda mais importante porque é o preparar para um jogo diferente, não pelas contas do campeonato, mas pela envolvência. Acho este jogo ainda mais decisivo do que o dérbi. Temos a vantagem de um ponto, temos um jogo na mão, que não está ganho. Se me perguntarem mais para a frente se tudo correr bem, poderei responder isso. Quando me perguntaram isso no primeiro ano, tínhamos oito pontos de avançado e eu disse que só nos poderíamos perder. E eu seria o único treinador em Portugal a desperdiçar uma vantagem tão grande. Mas é só um ponto, todos podem vencer e perder".
Fresneda: "O Iván teve muito tempo parado, veio com um problema no ombro. Com a adaptação do Geny e o Esgaio torna difícil. Cada época tem a sua história, e ainda poderá jogar até ao fim da época. Teve um azar muito grande. Faz parte da vida de um jogador".
Ainda consegue passar a mensagem com facilidade nesta fase da época? "No ano passado, no quarto lugar, era mais difícil. Se não conseguisse passar a mensagem, teria de me afastar. Eles sempre acreditaram. Estamos a nove jornadas de podermos ser campeões, num clube que não ganha assim tantas vezes seguidas. O aliciante é grande. A mensagem está lá sempre. O melhor é não pensarem tanto a longo prazo e pensarem na tarefa do jogo. O resto aparece depois. Até é mais fácil passar a mensagem nesta fase".
Mercado da próxima época: "Este ano até é mais fácil. Só planeio a próxima época com o dinheiro da Liga dos Campeões. O clube é muito maior do que o treinador. Que jogadores podem ficar e sair, onde vamos estagiar... está tudo a ser planeado, mas temos de esperar a questão da Liga dos Campeões. Esse fator e os títulos têm muita influência".