15 mai, 2024 - 12:44 • Pedro Castro Alves
Um golo “inacreditável” que deu ao Sporting uma conquista “histórica” e uma “alegria incalculável”. É desta forma que José Pérides recorda a conquista da Taça das Taças, em 1964, na finalíssima diante do MTK da Hungria.
O antigo médio foi titular no encontro decisivo de 15 de maio de 1964 e assistiu de perto ao canto direto de João Morais, aos 19 minutos, que deu aos leões o único golo do jogo.
“O golo do Morais foi realmente uma coisa histórica, que nunca mais me esquecerei”, começa por contar, em entrevista a Bola Branca.
“Há um canto a nosso favor e o Morais, num grande recorte técnico, consegue introduzir a bola na baliza ao segundo poste. Foi uma alegria incalculável, uma coisa inacreditável e que fica na história do Sporting”, descreve.
A conquista da Taça das Taças de 1964 é, ainda hoje, o troféu mais importante da história do clube de Alvalade.
60 anos depois, José Pérides acredita que a receita para o sucesso da equipa comandada por Anselmo Fernández foi os fortes laços de amizade entre os atletas.
“Há uma coisa muito importante que nós tínhamos naquela equipa: uma amizade muito grande entre todos os jogadores”, afirma.
Olhando para a equipa de 2024, o antigo jogador de 89 anos admite que o futebol mudou muito, mas acredita que o Sporting está em condições de repetir o feito conseguido em 1964.
“Os tempos eram outros, 90% dos jogadores eram portugueses e tudo isso contava muito na época. Atualmente, acho que, com a evolução que o Sporting está a ter, está num bom caminho. Com algum trabalho, estou convencido de que vai lá chegar”, diz, em declarações à Renascença.
Quanto ao treinador, Rúben Amorim, é o homem certo para levar a equipa à repetição de feitos históricos.
“Pela experiência como jogador, num grande clube como o Benfica, e sendo um treinador moderno, estou convencido de que o Rúben Amorim está muito bem no Sporting”, conclui.
O Sporting levantou o troféu da Taça dos Clubes Vencedores de Taças, uma das antecessoras da Liga Europa, em 1964.
No caminho para a final da há 60 anos, os leões eliminaram a Atalanta, o APOEL, o Manchester United e o Lyon. No encontro decisivo, os leões empataram a 3-3 com o MTK Budapeste, em Bruxelas, empurrando o duelo para uma finalíssima, disputada em Antuérpia, que a equipa portuguesa venceu por 1-0.