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João Pereira e a instabilidade no Sporting: "O Ruben sai e os jogadores pensam se vai dar"

04 dez, 2024 - 14:13 • Eduardo Soares da Silva

Treinador do Sporting fez a antevisão ao jogo com o Moreirense, na sequência da primeira derrota da época no campeonato contra o Santa Clara.

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João Pereira, treinador do Sporting, assume que a saída de Ruben Amorim e ter entrado o jogo com o Santa Clara a perder, na ressaca da goleada com o Arsenal, deixou a equipa ansiosa. Ainda assim, o técnico quer voltar às vitórias contra o Moreirense, esta quinta-feira, e manter a liderança isolada do campeonato.

A equipa acredita na sua ideia? "Sim. Falta o clique de ganharmos. Lembro-me quando fomos campeões com o Ruben, dos jogos que ganhámos aos 80 minutos e aos 90. Sabíamos que ia dar. Era a aura que existia. De repente, o Ruben sai e os jogadores ficam 'será que vai dar?'. É isso que cria ansiedade. A partir do momento em que ganharmos o primeiro jogo as coisas vão correr como corriam anteriormente".

Análise ao Moreirense: "Estão numa boa fase, não perderam em casa e temos isso bem claro na nossa cabeça. Continuamos líderes, melhor defesa, melhor ataque e queremos regressar às vitórias. É esse o foco e é o que queremos no próximo jogo".

É essencial vencer para voltar a confiança? "Tem influência o jogo com o Arsenal. Podíamos ter chegado ao 3-2, mas acabámos por sofrer cinco golos. Depois perdemos contra o Santa Clara, duas derrotas seguidas, algo que não acontecia há algum tempo. Não diria que a vitória é determinante, mas é importante. Vai ser isso que vamos tentar alcançar amanhã".

Como tem vivido este momento? "Eu tenho pressão desde que sou treinador, começou nos sub-23. Não me deixo acomodar, estou sempre à procura do melhor, mas todos sabemos o timing que foi. Uma equipa que ganhava sempre, com um treinador que estava aqui há alguns anos. Vamos estar sempre a bater na mesma tecla: as coisas mudaram, o treinador que foi não vai voltar e estamos preparados para os desafios que se avizinham. Queremos tentar a vitória contra o Moreirense".

O balneário está preso ao passado? "Não é numa semana que se muda o que aconteceu em quatro anos. Sinto os jogadores confiantes, com a equipa técnica, com o clube e querem regressar às vitórias. Perdemos com o Santa Clara, mas tivemos mais remates, posse de bola e oportunidades. E devíamos ter criado mais ainda. O resultado poderia ser outro e neste momento não estávamos a falar disto. Perdemos, mas estou confiante de que tudo vai mudar".

O que tem digo à equipa? "Falei com os jogadores como falo todas as semanas, de maneira a preparar o jogo da melhor maneira. Não sou um treinador que faz uma coisa quando ganha e outra quando perde. Não podemos ser levados com os resultados, não mudo consoante o vento. Tenho as minhas convicções e vou continuar com elas porque acho que é assim que vamos melhorar. A contestação é normal, vamos outra vez falar em 11 vitórias seguidas, grande campanha na Champions, e de repente aparecem duas derrotas. Tinha de estar preparado para o que ia acontecer, já sabíamos que é normal as pessoas falarem se perdêssemos. Se ficasse nervoso não podia estar nesta profissão. Claro que não fico contente quando perco".

A herança de Amorim é muito pesada? "Quem viesse para aqui ia sempre ter essa herança. Toda a gente diz, e eu concordo, até porque não sou muito velho, que Amorim foi um dos melhores treinadores da história do Sporting. Pegou no clube numa determinada altura e condição, e ao fim de quatro anos e meio o Sporting luta sempre para ganhar e vencer. Claro que a herança é pesada, mas já sabia".

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