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Sporting

João Pereira: "Eu vou até ao fim, a vida nunca foi fácil para mim"

09 dez, 2024 - 18:24 • Eduardo Soares da Silva

Treinador dos leões garante que "nunca será um problema para o Sporting" e sente que no clube "todos estão a remar para o mesmo lado". Em Brugge, os leões querem fechar contas do apuramento na Champions e vencer pela primeira vez na Bélgica.

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João Pereira, treinador do Sporting, está confiante que os leões vão vencer na visita ao Club Brugge, para a Liga dos Campeões, colocar para trás o mau momento e motivar-se para o que resta da temporada.

Em conferência de imprensa após as derrotas com Arsenal, Santa Clara e Moreirense, o treinador diz que "já estava à espera" do escrutínio e não tem dúvidas sobre as suas ideias para a equipa.

Club Brugge: "É uma oportunidade para reverter o mau momento. O Brugge não perde há dez jogos e o Sporting não tem tido resultados muito bons na Bélgica. É um mote para nós: queremos ser a primeira equipa a vencer aqui e para nos motivar para o resto da época".

Sentiu falta de um voto de confiança mais claro de Varandas: "O maior voto de confiança foi terem-me colocado aqui. Maior do que isso não existe. Aconteça o que acontecer, estarei aqui para dar a cara. Eu sou o rosto da equipa e dou a cara sem problemas".

Equipa estará confiante na Bélgica? "Tal como contra o Moreirense. Se fizermos uma análise a frio, pode nem ter sido o melhor futebol, mas não fizemos nada que nos levasse à derrota. Fomos superiores e podíamos ter saído com a vitória".

Falta de opções no meio-campo: "Tenho plena confiança nos jovens, trabalham bem, principalmente o João Simões que já está integrado há algum tempo, antes de eu ser treinador. Também o Alexandre Brito, o Mauro Couto e o Henrique Arreiol, se tiverem de jogar, tenho total confiança".

Esperava menos escrutínio? "Já estava mentalizado, é normal. Vive-se muito o futebol em Portugal e quando se assume um cargo destes, isso é normal. A minha mulher sofreu mais, não dormiu desde que começou a ser possível que isto acontecesse. Sofre mais do que eu".

Está a lidar como com a pressão? "Vou até ao fim, a vida nunca foi fácil para mim. Se não aguentasse a pressão, não estaria aqui hoje. Quando comecei a jogar, diziam que eu era pequeno, franzino, refilão e que nunca iria singrar. Foi uma carreira simpática para o que muitos esperavam. Quando comecei a carreira de treinador, ficamos quase em último nos sub-23, dizia-se que era um jogador que não tinha vida para isto. Três anos depois, fizemos uma grande época pela primeira vez na fase final e a um ponto do título. Aí, se calhar já era bom para a equipa B e era o futuro do Sporting. Os resultados não têm sido o que se esperava e o João Pereira já não presta. Vivemos de resultados, é normal que existam dúvidas, quem não as pode ter sou eu. E eu não tenho, estou confiante que o futuro será muito melhor do que foi até agora".

Sporting faz mais cruzamentos do que com Amorim. Faz mais sentido, sendo o jogo aéreo de Gyokeres o seu ponto mais fraco? "Não sei se é o ponto mais fraco. Sobre os cruzamentos, estamos a falar mais do jogo com o Moreirense, eles jogavam em 4-4-2, teriam mais dificuldade em defender a largura e o cruzamento não tem sempre de ser para a cabeça. Faltou-nos definir melhor".

Sente que a direção também dependente do seu trabalho? "Quando escolhem um treinador, é para ganhar e o presidente vive de vitórias, como eu e como o clube. Quanto mais se ganha, maior a tranquilidade. Duas derrotas criam apreensão, mas todos sentimos que estamos juntos e a remar para o mesmo lado. Ninguém abandona ninguém".

Se perder, será um problema para o Sporting? "Acredito que eu nunca serei um problema para o Sporting".

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