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Luís Vidigal dá mérito a Rui Borges: “Há grande responsabilidade do treinador na vitória no dérbi”

30 dez, 2024 - 14:29 • Pedro Castro Alves

Antigo capitão do Sporting está convencido de que os leões podem ter “a pessoa certa” ao comando da equipa, depois da vitória frente ao Benfica. Direção deve “reforçar o plantel” em janeiro para acomodar o novo sistema do treinador.

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Inspiração e atitude são aspetos importantes, mas há demasiada modéstia em Rui Borges. Luís Vidigal, antigo capitão do Sporting, está convicto de que o segredo da vitória verde e branca no dérbi não se resume à célebre frase treinador “quando faltar inspiração, que não falte atitude”.

“Há ali muito de conhecimento e uma avaliação rápida para encontrar uma estrutura que lhe permitisse defrontar a equipa que liderava, na altura, a I Liga, conseguindo contrariar o ligeiro favoritismo do Benfica. Há uma intenção de criar uma onda em torno dessa frase, que é de valorizar, mas parece-me que há aqui grande responsabilidade do treinador numa vitória difícil, mas perfeitamente justa”, diz, em entrevista a Bola Branca.

Depois da vitória por 1-0 frente ao Benfica, Vidigal mostra-se convencido de que Rui Borges pode ser um sucessor à altura de Rúben Amorim, mas coloca água na fervura, até porque a fasquia baixou bastante com João Pereira.

“Poderá ser a pessoa certa. Agora, é um sistema diferente, uma realidade completamente diferente, que é favorável, mas também com riscos maiores. Se o Rui Borges sucedesse a Rubem Amorim também ia ter muitas dificuldades, tem menos dificuldades agora porque a fasquia baixou significativamente, ou seja, a pressão é muito inferior àquela que o João sentiu. A partir daqui, sim, há condições para trabalhar de forma mais folgada”, alerta.

No dérbi, Rui Borges mostrou uma equipa a jogar num esquema tático diferente do 3-4-3 a que o Sporting está habituado.

Luís Vidigal aprova a aposta imediata de Rui Borges, mas, olhando para a frente, com o mercado a abrir em poucos dias, os leões terão de se reforçar em janeiro para dar garantias ao treinador.

“Não sei até que ponto é que o Rui [Borges] não vai exigir que venho um lateral para cada lado. Agora, alterando o sistema, até faria sentido olhar para os médios, porque vão sendo poucos, ainda mais jogando com três. Talvez fizesse sentido reforçar o plantel com mais um médio”, conclui, nesta entrevista à Renascença.

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