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Isaltino é o “dinossauro” que resiste

02 out, 2017 - 02:54

Narciso Miranda, Valentim Loureiro, Fernando Costa e Fernando Seara não conseguiram triunfar.

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Apenas três dos quase 30 antigos autarcas que tentaram regressar à presidência de Câmaras que já tinham dirigido durante três ou mais mandatos consecutivos foram eleitos presidentes nas autárquicas de domingo, um dos quais é Isaltino Morais, em Oeiras.

Além de Isaltino a Oeiras, regressam José Maltez à Golegã e Luís Pita Ameixa a Ferreira do Alentejo.

Isaltino Morais presidiu a Oeiras pelo PSD entre 1985 e 2002, foi reeleito em 2005 e em 2009 sem o apoio social-democrata, interrompeu o mandato para cumprir uma pena de prisão e é agora o presidente eleito deste concelho, com maioria absoluta, pelo movimento Inovar Oeiras de Volta.

José Maltez presidiu à Golegã entre 1997 e 2013 tendo sido reeleito no domingo pelo PS e o também socialista Luís Pita Ameixa, presidente de Ferreira do Alentejo (Beja) entre 1993 e 2005, foi agora eleito de novo, depois de ter sido deputado na Assembleia da República entre 2005 e 2015.

Entre os autarcas que foram presidentes em três ou mais mandatos consecutivos e que se recandidataram este ano, Narciso Miranda perdeu em Matosinhos e Valentim Loureiro em Gondomar (ambas no distrito do Porto).

António Eusébio encabeçou a lista do PS a Faro, depois de ter presidido à autarquia vizinha de São Brás de Alportel durante 12 anos, mas em Faro ganhou Rogério Coelho, à frente da coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM.

Fernando Costa, presidente das Caldas da Rainha (Leiria) durante 27 anos e vereador em Loures (Lisboa) no último mandato autárquico, perdeu em Leiria, onde se mantém o socialista Raul Castro.

Fernando Seara (PSD), que alcançou o limite de mandatos em Sintra e foi candidato a Lisboa em 2013, era agora o nome social-democrata para Odivelas, onde ganhou o candidato socialista.

Dois outros autarcas históricos não conseguiram os resultados que pretendiam: Joaquim Raposo, que foi 16 anos presidente da Amadora, perdeu em Oeiras para Isaltino Morais e Carlos Teixeira, que geriu Loures, perdeu em Lisboa para Fernando Medina (PS).

A antiga presidente Júlia Paula Costa (PSD) não regressará a Caminha (Viana do Castelo) como presidente, João Cepa (PSD) perdeu em Esposende (Braga), onde já esteve durante 15 anos, e Manuel Rodrigo Martins em Miranda do Douro (Bragança), onde foi presidente pelo PSD durante três mandatos.

Litério Marques (PSD), presidente da Anadia (Aveiro) entre 1995 e 2013, também não conseguiu voltar a ser presidente.

No distrito de Leiria, Narciso Mota, presidente de Pombal entre 1993 e 2013, João Marques (PSD), actual provedor da Misericórdia de Pedrógão Grande e presidente desta Câmara entre de 1997 e 2013, e Fernando Marques (PSD), ex-presidente de Ansião, não foram eleitos presidentes.

No distrito de Castelo Branco, três antigos presidentes tentaram voltar como independentes e não conseguiram: Carlos Pinto perdeu na Covilhã, Amândio Melo em Belmonte e Domingos Torrão em Penamacor.

Em Montemor-o-Velho (Coimbra), o PSD não conseguiu eleger o antigo autarca Luís Leal, que liderou esta Câmara durante 12 anos, e, no Entroncamento (Santarém), Jaime Ramos (PSD), que já esteve três mandatos à frente do município, até 2013, também não venceu.

O ex-Governador Civil de Coimbra Jaime Ramos (PSD/CDS/PPM/MPT), presidente da Câmara de Miranda do Corvo em 1979 e 1982 pela AD (Aliança Democrática) e em 1985 e 1989 pelo PSD, não retirou a Câmara de Coimbra ao socialista Manuel Machado.

Ana Cristina Ribeiro era a esperança do Bloco de Esquerda para reconquistar a Câmara de Salvaterra de Magos (Santarém), que já liderou entre 2001 e 2013, mas não venceu.

No Alentejo, ficaram fora da presidência Rondão de Almeida, antigo autarca socialista de Elvas (Portalegre) entre 1993 e 2013, e António Sebastião, antigo presidente da Câmara de Almodôvar (Beja) pelos sociais-democratas.

Também não conseguiram regressar à presidência das respetivas câmaras Carlos Pereira em Santana (Madeira) e António Murta (PS) em Vila Real de Santo António (Faro).

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  • A.M.
    02 out, 2017 Aveiro 22:09
    Estou cada vez mais desiludido com os portugueses. Muito me espanta que alguém considerado culpado, condenado, e portanto com o cadastro sujo se possa candidatar a um cargo publico. Triste País o nosso.
  • patego
    02 out, 2017 lisboa 17:46
    ISTO MOSTRA BEM O POVO QUE SOMOS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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