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Operação Lex

Luís Filipe Vieira: "Era bom que a PJ começasse a ir a mais casas de dirigentes do futebol"

23 fev, 2018 - 21:30

O presidente do Benfica, constituído arguido na Operação Lex, nega que tenha oferecido quaisquer cargos a troco de favores. Vieira compara o "caso dos e-mails" a um roubo automóvel.

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Luís Filipe Vieira garantiu, esta sexta-feira, que nunca se serviu do Benfica nem ofereceu quaisquer cargos no clube em troca de favores do foro profissional e pessoa, ao contrário das suspeitas das autoridades. O presidente da Luz foi constituído arguido no âmbito da Operação Lex.

"Nunca misturei a minha vida privada com qualquer função do clube. Ninguém poderá apontar-me o contrário. Nunca ofereci qualquer cargo no clube a troco de qualquer situação da minha vida profissional e pessoal. Ninguém pode dizer que alguma vez me servi do SL Benfica para alguma coisa que me sirva em termos pessoais", afirmou Vieira, na inauguração das novas instalações da Casa do Benfica em Braga.

"Muita mentira e deturpação tenho lido e ouvido sobre o assunto", assinalou o líder encarnado, salientando que "a verdade virá ao de cima" e deixando uma certeza: "Quando sair do Benfica, vou mais pobre."

Vieira fez referência, ainda, às buscas realizadas pela Polícia Judiciária em sua casa: "Não se preocupem de a Judiciária ter ido a minha casa. Era bom que começassem a ir a mais casas de dirigentes do futebol."

O "caso dos e-mails" e um roubo automóvel

Luís Filipe Vieira abordou a recente decisão do Tribunal da Relação do Porto, que proibiu o FC Porto de continuar a divulgar alegada correspondência eletrónica comprometedora de dirigentes do Benfica.

O presidente encarnado congratulou-se com a decisão, que pôs fim "à falta de vergonha de quem exibia o produto roubado e praticava o crime, gabando-se de estar acima da lei e a coberto de uma pretensa justiça".

"É como nos roubarem o carro e vermos todos os dias quem se passeia nele a dizer que nada tem a ver com o assunto", acusou. "Nos e-mails, o único crime que está provado é que existiu um roubo a mais de uma década de correspondência privada de uma instituição. Gabando-se de terem tido acesso a anos de troca de correspondência interna de âmbito totalmente privado, mesmo assim manipulando, falsificando e-mails, nada ali pode ser apontado como prova de uma situação ilegal."

Vieira sublinhou que o Benfica não cometeu "nenhuma ilegalidade" e que "todas as vitórias foram obtidas de forma limpa", apontando o dedo àqueles que, "enredados numa crise financeira e desportiva sem precedentes, sem qualquer tipo de projetos e rumo, decidiram tudo apostar numa estratégia consertada" para "manchar" o nome do clube.

Por fim, o máximo dirigente das águias deixou uma garantia: "Estou de cabeça bem levantada, pronto para uma a uma ir desmontar nos locais próprios cada uma das despeitas acusações que nos fazem."

[notícia atualizada às 22h13]

Comentários
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  • Leão de Amsterdam
    25 fev, 2018 Amsterdam 12:14
    Amnésia?Será isso! ou habilidade para tentar fazer esquecer toda a pouca vergonha fabricada e posta em funcionamento pelo barão vieira? agora diz que se deve fazer visitas ás casas de outros dirigêntes?á sua casa foi dado todo o tempo quando um tal juiz desembargador proibiu a PJ de lhe vasculhar o esconderijo?se fizerem a todos igual ninguem é apanhado como tu não fostes
  • José Armando
    24 fev, 2018 Leiria (distrito) 15:35
    A PJ vai, de certeza, fazer buscas a SADs e presidentes. Os chicos-espertos da face aparentemente legal do crime organizado portuense, cometeram aquilo que escrevi na altura: não mediram as consequências do que se preparavam para fazer. Poderiam, por exemplo, utilizar blogues fantasmas, mas não, tinham que cair na arrogância de se arvorar em "servidores públicos" e o Tribunal da Relação do Porto, acabou por decidir avisá-los que "serviço público" não é a utilização de métodos e práticas criminosas. Partir do princípio de que as questões judiciais envolventes fossem dirigidas pelos polícias, procuradores e juízes portistas - como aconteceu na infame decisão do juiz Fernando Cabanelas - foi um erro de cálculo grosseiro, não lhes passou pela cabeça que a PGR fosse obrigada a intervir face ao alarme público provocado pela campanha, retirando a procuradoria distrital do Porto da ação, a única coisa sensata a fazer quando o FCP e nomes próximos, se encontram envolvidos em atividades paracriminosas. Lembram-se da operação "Noite Branca"? Polícias, procuradores e juízes do Porto foram excluídos da investigação e inquérito. É óbvio que o "aliciamento" de jogadores do Rio Ave pelo Benfica, é mais uma construção da Procuradoria portista do Porto, como vai ser demonstrado. Entretanto, o DCIAP, recorreu e exige que o tribunal de Guimarães e a respetiva relação, condenem o presidente portista pela sua óbvia participação na operação "Fénix", Aguardemos o fim da impunidade.

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