06 mar, 2018 - 12:45
Nuno Mota, sócio fundador de um escritório de advocacia que tem trabalhado com o Benfica em alguns processos, analisa os dados disponíveis da operação e-toupeira e, em declaração à Renascença, afirma que pode ter existido acesso a informação privilegiada sobre processos que estariam em segredo de justiça.
"O que pode existir é acesso a informação sobre os processos, mas não se sabe qual o tipo de informação e em que fase estavam os processos. Não parecem ser processos públicos mas sim em segredo de justiça. Ainda é cedo, vamos aguardar serenamente, o tempo da justiça é mais lento que o dos media", anota.
Todas as medidas de coação são possíveis, dependendo da gravidade das acusações, a começar pelo termo de identificação e residência
"Desde o TIR (termo de identidade e residência), que é a medida de coação mais simples e que todos os arguidos prestam, até medidas intermédias como proibição de contatos, proibição de manutenção de exercicio de funções, apresentação às autoridades ou aplicação de uma caução. E as mais gravosas, privativas da liberdade como a obrigação de permanência na habitação ou até prisão preventiva. Mas não sabendo o grau de envolvimento das pessoas, é difícil dizer qual a mais provável. O TIR já foi prestado, quanto a outras medidas, serão possíveis dependendo da gravidade da situação", disse Nuno Mota a Bola Branca.