06 mar, 2018 - 11:37
O Benfica emitiu comunicado a confirmar a realização de buscas na SAD, com um pedido de audiência à Procuradoria-Geral da República (PGR), e a depositar confiança no seu assessor jurídico, Paulo Gonçalves, que foi detido, esta terça-feira, por suspeitas de corrupção ativa.
Em causa está uma rede montada junto do sistema judicial para recolher informações de processos que decorrem no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa sobre o clube. O assessor jurídico é suspeito de distribuir prendas a funcionários judiciais para obter informações de processos e, segundo a revista "Sábado", a Polícia Judiciária realizou buscas na SAD do Benfica.
A SAD benfiquista "manifesta a sua confiança e convicção" de que Paulo Gonçalves "terá oportunidade, no âmbito do processo judicial, de provar a legalidade dos seus procedimentos".
"A Sport Lisboa e Benfica SAD confirma a realização de buscas às suas instalações no âmbito de um processo de investigação sobre eventual violação do segredo de justiça e reitera a sua total disponibilidade em colaborar com as autoridades no integral apuramento da verdade", escreveram os encarnados, no site oficial.
O Benfica avança, ainda, que irá pedir, "com caráter de urgência", uma audiência à PGR, pelas "reiteradas e constantes violações do segredo de justiça", sobre os vários processos que envolvem o clube e seus dirigentes, "numa estratégia intencional e com procedimentos fáceis de serem investigados".
Paulo Gonçalves foi detido esta terça-feira e está a acompanhar as várias buscas em curso, nos locais a que está diretamente relacionado.
Começou pela própria residência, onde terá sido abordado com o mandado detenção em seu nome, e foi depois convidado a acompanhar o juiz de instrução, os procuradores do DIAP e os inspetores da Judiciária nas outras buscas que o envolvem diretamente, ou seja, o seu escritório de advogados, e as instalações da SAD do Benfica.
Neste grupo está também um representante da Ordem dos Advogados, procedimento obrigatório sempre há um advogado envolvido.
Só quando estas diligências terminarem é que Paulo Gonçalves será conduzido às instalações do edifício sede da Policia Judiciária, em Lisboa.
A menos que o juiz de instrução decida outra coisa, o advogado deverá passar a noite no estabelecimento prisional anexo à Policia Judiciária, ali permanecendo até ser ouvido em primeiro interrogatório.
[notícia atualizada às 14h50]