07 mar, 2018 - 07:50
O assessor jurídico da SAD do Benfica, Paulo Gonçalves, e José Silva, funcionário do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos Justiça são presentes, esta quarta-feira, a um juiz do Tribunal de Instrução Criminal, para primeiro interrogatório.
Paulo Gonçalves foi detido, na terça-feira, por suspeitas de corrupção ativa. Em causa está uma rede alegadamente montada junto do sistema judicial para recolher informações de processos que decorrem no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa sobre o clube e também relativos a clubes adversários.
O assessor jurídico é suspeito de distribuir prendas a funcionários judiciais para obter informações de processos.
O Benfica reagiu através de um comunicado. "A Sport Lisboa e Benfica SAD manifesta a sua confiança e convicção de que o Dr. Paulo Gonçalves terá oportunidade, no âmbito do processo judicial, de provar a legalidade dos seus procedimentos".
A Polícia Judiciária deteve duas pessoas por suspeitas de corrupção, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal, no âmbito da operação "e-toupeira".
Em comunicado, a PJ revelou a realização de 30 buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa que levaram à apreensão de "relevantes elementos probatórios". Estão a ser investigados crimes de corrupção passiva e ativa, violação do segredo de justiça, favorecimento pessoal e falsidade informática/cibercrime.
Paulo Gonçalves foi constituído arguido no caso dos emails em 19 de outubro, na sequência de buscas da Policia Judiciária ao clube.
Desde maio que o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, tem acusado o Benfica de influenciar o setor da arbitragem e apresentou alegadas mensagens de correio eletrónico de responsáveis ‘encarnados’, nomeadamente de Paulo Gonçalves e Luís Filipe Vieira.