08 mar, 2018 - 12:50 • Rui Viegas
O antigo dirigente do Benfica José Ribeiro e Castro diz a Bola Branca que o Benfica e os benfiquistas não podem esconder a cabeça na areia como a avestruz, "fazendo de conta" que não se passa nada.
Poucas horas após terem sido conhecidas as medidas de coação do caso "e-toupeira", Ribeiro e Castro pede "cabeça fria", sublinhando que o que tem vindo a público provoca "erosão" nos pilares da Luz.
"Como benfiquista, interessa-me o bom nome, prestigio e solidez da imagem do Benfica. E estes pilares estão postos em causa? Não, mas convém não abusar", declara, acrescentando que "é evidente" que os pilares do clube "sofrem alguma erosão".
"Seria fazer politica de avestruz fazer de conta que não se passa nada. Passa-se e a sério", sublinha Ribeiro e Castro.
"Saída de Paulo Gonçalves da SAD? Não é a questão mais relevante..."
Sem querer responder directamente à questão sobre se Paulo Gonçalves deve afastar-se da estrutura da SAD, o ex-deputado prefere enfatizar a necessidade de proteção do colectivo, em vez do individual e pede "cabeça fria".
"O que temos lido nestes dias não é bom. É importante que a SAD proteja o bom nome do Benfica, que nesta altura está sujeito a algum desgaste. Temos de ter coragem e cabeça fria para enfrentar estes momentos. Do ponto de vista institucional, este momento deve ser encarado com a maior seriedade."
Assim, a saída de Paulo Gonçalves "não é a questão mais relevante" para Ribeiro e Castro, que coloca o enfoque no clube e "na verdade".
"O que me interessa é o Benfica, para além - enquanto cidadão - do esclarecimento da verdade, que, naturalmente, também é importante", declara.
No plano da equipa de futebol, José Ribeiro e Castro diz confiar no profissionalismo dos atletas benfiquistas para ultrapassarem o ruído extra-competição: "Os nossos atletas são profissionais, espero que mantenham o foco. Mas isso não diminui o momento critico que atravessamos. Porém, espero que as questões possam separar-se."