31 mai, 2018 - 12:35
César Boaventura nega qualquer envolvimento numa alegada oferta do Benfica de 40 mil euros a jogadores do Marítimo para perderem a partida com os encarnados do campeonato na temporada 2015/2016.
O empresário diz que está inocente e que as "acusações fazem parte de um esquema montado pelo presidente do Sporting".
Uma reportagem da SIC, emitida na última noite, levantou a hipótese de aliciamento para viciar resultados, com a apresentação de declarações de jogadores, não identificados, da equipa maritimista.
O dirigente do Benfica Paulo Gonçalves e o empresário César Boaventura são referidos na reportagem.
O Benfica já rejeitou as acusações. Quanto a César Boaventura, em declarações a Bola Branca, garante que está inocente, referindo que, na altura, apenas mantinha contactos com um jogador do Marítimo, o guarda-redes Romain Salin, que até realizou uma boa exibição.
César Boaventura diz-se tranquilo e disponível para colaborar com as autoridades para esclarecer este caso.
“Não posso responder pela instituição, porque o Benfica tem quem responda por ele. Sobre mim: mostrem-me provas, factos e tenham vergonha de andar a enxovalhar o futebol português e as pessoas que trabalham para o futebol português. Ontem referi que o único jogador do Marítimo com quem estive foi o Romain Salin, que fez uma exibição estrondosa. O Bruno de Carvalho está a montar um circo, mas ele já está habituado a montar circos. É o Bruno de Carvalho quem está no meio de tudo isto. É que ele já está habituado a arranjar profissionais com a cara tapada” disse em entrevista à Renascença.
César Boaventura mostra-se muito crítico em relação a Bruno de Carvalho.
Na sua opinião, foi desde a sua chegada à presidência do Sporting, que se começou a falar de viciação de resultados.
“Esta história começou a ser cada vez mais focada e falada de há cinco anos para cá. E quem é que há 5 anos veio a público dizer que era a transparência do futebol e o verdadeiro D. Quixote do futebol? Foi o Bruno de Carvalho. E é o único que, neste momento, tem um processo dentro de portas, com arguidos, no que diz respeito a viciação de resultados. São arguidos relacionados com modalidades, que ele dizia que ia ganhar tudo e mais alguma coisa e ganha dessa forma. São arguidos no futebol, com pessoas identificadas, mensagens de voz, escutas telefónicas, print screens. E ele é que tem tudo isso dentro de portas e, de repente, começa a montar um esquema para dizer que são os outros”, concluiu.