05 set, 2018 - 20:40
Na reação ao processo e-toupeira, o presidente do Benfica reafirma a total licitude de comportamentos da Benfica SAD neste ou noutros casos.
Numa declaração no estádio da Luz, acompanhado pelos outros elementos da administração encarnada, Luís Filipe Vieira confirma que recebeu a acusação, mas garante que “não existe qualquer facto que permita imputar à SAD os crimes descritos”.
“A Benfica SAD indigna-se pelo modo como foi envolvida” e refere que “continuará a defender a reputação do Benfica”.
Lembra o líder encarnado que “todas as decisões de caráter definitivo foram favoráveis à Benfica SAD”.
O presidente do Benfica lembra que nenhum administrador da SAD é arguido.
Vieira acrescenta que o clube mantém a “confiança na independência dos tribunais” e que está disponível para colaborar com a justiça.
Nesta declaração, o presidente do clube e da SAD não fez nenhum comentário sobre Paulo Gonçalves, o assessor jurídico que é arguido no processo.
A SAD do Benfica está acusada de 30 crimes e o seu assessor jurídico, Paulo Gonçalves, de 79, no âmbito do processo "e-toupeira", de acordo com a acusação do Ministério Público (MP), avança a Lusa.
O MP acusou a SAD encarnada de um crime de corrupção ativa, de um crime de oferta ou recebimento indevido de vantagem e de 28 crimes de falsidade informática. A acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa pede que sejam aplicadas à SAD as penas acessórias no artigo 4.º do Regime de Responsabilidade Penal por Comportamentos Antidesportivos, que contempla:
- suspensão de participação em competição desportiva por um período de seis meses a três anos;
- privação do direito a subsídios, subvenções ou incentivos outorgados pelo Estado, regiões autónomas, autarquias locais e demais pessoas coletivas públicas por um período de um a cinco anos;
- proibição do exercício de profissão, função ou atividade, pública ou privada, por um período de um a cinco anos, tratando-se de agente desportivo.
Na sequência da acusação à SAD do Benfica e ao seu assessor jurídico, o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol abriu, esta quarta-feira, inquérito disciplinar ao clube encarnado.