16 nov, 2015 - 14:46
O jogo com o Luxemburgo serve para preparar o Campeonato da Europa 2016, para testar novos jogadores, para Fernando Santos apreciar a evolução da equipa, mas é também um jogo para a vasta comunidade portuguesa a residir naquele país.
Com a certeza de que no estádio estarão "mais portugueses do que luxemburgueses", o seleccionador nacional destaca que um dos objectivos é "dar um momento de satisfação à comunidade portuguesa e agradecer o apoio que tem dado à equipa".
Aliado a este sentido de missão, Fernando Santos alinha um outro que tem a ver com o vertente competitiva do jogo. O Luxemburgo tem uma selecção sem grande expressão a nível europeus, mas "trará coisas positivas". "Uma delas é o nível de responsabilidade", anota o treinador. "Para mim não há adversários mais fortes, ou mais fracos. É preciso testar os nossos índices de mentalidade. É o jogo da vida deles e nós temos que responder na mesma moeda", acrescenta.
Os jogadores portugueses devem esperar "uma equipa muito determinada e aguerrida". "Uma equipa que nos vai exigir que sejamos muito intensos, agressivos. Irão trabalhar muito e estão confiantes, até porque acabaram de ganhar à Grécia", complementa, em conferência de imprensa.
Sem lote de 23 definido e o caso dos amigáveis
Fernando Santos ganhou todos os jogos do apuramento para o Euro 2016, mas, curiosamente, perdeu quatro amigáveis (França, Cabo Verde, Itália e Rússia). Uma coincidência com o que lhe aconteceu na Grécia, recorda, procurando um motivo para explicar este registo: "Não é tanto a motivação, porque todos os jogadores estão motivados [nos amigáveis]. Agora, a esta distância do Euro, com as suas equipas a jogar muitos jogos, é natural que os jogadores se resguardem".
Na Rússia, observa o seleccionador nacional, era preciso outro intensidade. Isto apesar de salvaguardar que, "globalmente, os jogadores têm tido um rendimento muito bom".
Finalmente, Fernando Santos foi questionado sobre se a escolha final para o Campeonato da Europa já estava definida. O treinador reconheceu que há muitos jogadores, usados na fase de qualificação, que já têm lugar nos 23 que vão para França, mas sublinhou que há vagas em aberto e que ainda está tudo em aberto.